Economia

BNDES aprova criação do Fundo de Energia Sustentável

Com essa iniciativa, o Banco espera incentivar a criação de um mercado de títulos verdes no Brasil

 (Andreas Rentz / Staff/Getty Images)

(Andreas Rentz / Staff/Getty Images)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 16h51.

Última atualização em 1 de dezembro de 2016 às 18h24.

São Paulo - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a criação do Fundo de Energia Sustentável, que terá como objetivo investir em debêntures (ou títulos de dívida) de projetos de infraestrutura com foco na economia de baixo carbono.

Segundo nota oficial do BNDES, o fundo terá um patrimônio de R$ 500 milhões e prazo de 15 anos, com gestão privada, sendo que a participação do BNDESPAR, o braço de investimento do Banco, será de no máximo 50% como cotista.

O fundo será o primeiro parceiro da Climate Bonds Initiative no Brasil, uma iniciativa que busca incentivar a criação de instrumentos financeiros para viabilizar projetos de impacto ambiental e de combate às mudanças climáticas.

Segundo a nota, o volume de emissões de debêntures de projeto é estimado em aproximadamente R$ 3,8 bilhões, sendo R$ 1,7 bi em projetos de energia eólica, nos próximos 18 meses.

O mercado mundial de títulos verdes vem crescendo de forma mais acentuada nos últimos anos, os títulos emitidos atingiram a marca de US$ 36,6 bilhões em 2014, com projeções de atingir US$ 100 bilhões este ano, conforme a Climate Bonds Initiative.

Com essa iniciativa, o Banco espera incentivar a criação de um mercado de títulos verdes no Brasil, aumentar a base de investidores em infraestrutura e incrementar a liquidez de títulos de infraestrutura.

Os títulos a serem adquiridos deverão ser de projetos de investimento em energia financiados prioritariamente pelo BNDES, tendo as garantias reais compartilhadas com o Banco.

Segundo o BNDES, o processo de seleção do gestor do Fundo de Energia Sustentável deverá ser concluído até o fim de março do ano que vem. Após a estruturação e captação dos investidores, o fundo deverá estar operacional até julho.

Acompanhe tudo sobre:BNDESEnergia renovávelMeio ambiente

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto