Economia

BNDES vai ampliar incentivos para investimento em debêntures

O objetivo é incentivar a compra desses papéis por investidores como pessoas físicas e estrangeiros


	BNDES: "Queremos ampliar a Linha de Suporte à Liquidez, para incluir também uma parte do principal da dívida"
 (Ricardo Moraes/Reuters)

BNDES: "Queremos ampliar a Linha de Suporte à Liquidez, para incluir também uma parte do principal da dívida" (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 15h40.

São Paulo - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai ampliar os incentivos para investimentos em debêntures de infraestrutura, dispondo-se a cobrir parte do principal das operações, disse nesta terça-feira um executivo do banco.

O objetivo é incentivar a compra desses papéis por investidores como pessoas físicas e estrangeiros.

"Queremos ampliar a Linha de Suporte à Liquidez, para incluir também uma parte do principal da dívida", disse a jornalistas o superintendente da área financeira do BNDES, Selmo Aronovich, durante Conferência Anbima Cetip de renda fixa.

Segundo o executivo, a inovação pode chegar ao mercado já nos próximos meses. Além disso, o banco também planeja ampliar sua atuação nas emissões subordinadas, sem garantia.

Lançada nem 2015, essa linha financia até dois anos de juros de debêntures de projetos apoiados pelo BNDES, vinculados a sociedades de propósito específico de infraestrutura, em que a participação dos empreendedores via ações nas fontes de recursos do projeto seja de pelo menos 20 por cento.

A linha pode ser usada por empresas que atuam em logística e transporte, mobilidade urbana, energia e saneamento básico.

O programa mira empresas com receita bruta anual acima de 1 bilhão de reais. Para tomarem a partir de 200 milhões de reais no banco, as empresas têm que emitir pelo menos 50 milhões de reais em debêntures no mercado, com prazo médio superior a 48 meses.

A linha foi criada em meio a mudanças na política de concessão de financiamento do BNDES, que tem reduzido drasticamente a concessão de recursos subsidiados por meio dos empréstimos referenciados na TJLP, diante da necessidade do governo federal de fazer um ajuste fiscal.

A expectativa era que a fatia do banco no financiamento de projetos de longo prazo das grandes corporações caísse pela metade. De 2008 a 2014, o volume de empréstimos dos BNDES dobrou para cerca de 190 bilhões de reais.

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