Economia

BNDES terá que assumir mais riscos para ser catalisador, diz Colnago

Ministério do Planejamento ressaltou que, no cenário de juros baixos, o banco terá um papel fundamental no desenvolvimento de empresas

Esteves Colnago: "O mercado de capitais precisa de reformas que garantam sustentabilidade das contas públicas" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Esteves Colnago: "O mercado de capitais precisa de reformas que garantam sustentabilidade das contas públicas" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de junho de 2018 às 16h45.

Brasília - O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, disse que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá de assumir mais riscos para promover o mercado de capitais brasileiro.

Em evento promovido nesta segunda-feira, 11, pelo BNDES e pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Colnago ressaltou que, no cenário de juros baixos, o banco terá um papel fundamental no desenvolvimento de empresas. "O BNDES terá que assumir mais riscos e terá que ser promotor e catalisador do mercado de capitais", afirmou.

Colnago reforçou a necessidade de reforçar as contas públicas e de fazer as reformas necessárias para isso. "Se reforçarmos as medidas necessárias para que continuemos com inflação baixa e taxa de juros baixa, podemos ter uma revolução no mercado de capitais. Não sabemos o potencial que esse mercado pode alcançar", acrescentou.

O ministro ponderou que o mercado privado tem se mostrado consistente, com superávits comerciais e forte entrada de investimento direto, mas, pelo lado fiscal, mesmo com a recomposição das receitas, a solvência de médio e longo prazo depende do cumprimento do teto dos gastos e da adoção de reformas "em breve". "O mercado de capitais precisa de reformas que garantam sustentabilidade das contas públicas", completou.

Acompanhe tudo sobre:BNDESMinistério do Planejamento

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo