Economia

BNDES reduz participação em financiamentos de energia

BNDES reduziu para 50% o limite para participação máxima do banco no financimento de projetos de transmissão de energia que poderão ser licitados em leilão


	Energia elétrica: remuneração do BNDES foi elevada em 0,2 ponto percentual, para 1,2% ao ano
 (Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

Energia elétrica: remuneração do BNDES foi elevada em 0,2 ponto percentual, para 1,2% ao ano (Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 17h00.

São Paulo - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reduziu para 50 por cento o limite para participação máxima do banco no financimento de projetos de transmissão de energia que poderão ser licitados no leilão marcado para sexta-feira, informou a instituição financeira nesta quinta-feira.

Para os leilões de transmissão do ano passado, o banco de fomento financiava até 90 por cento do valor dos itens financiáveis para médias e grandes empresas e entes da administração pública; e até 70 por cento para as demais empresas, Estados e Municípios.

A remuneração do BNDES também foi elevada em 0,2 ponto percentual, para 1,2 por cento ao ano. O custo financeiro é a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que sofreu elevação de 0,5 ponto percentual, para 5,5 por cento, conforme já divulgado no fim do ano passado.

A remuneração de risco está mantida em até 2,87 por cento ao ano, conforme o risco de crédito do clientes.

O BNDES informou ainda, em comunicado, que haverá possibilidade de conversão do sistema de amortização da dívida do BNDES de SAC (com prestações decrescentes) para Price (com padronização no valor das parcelas) quando houver emissão de debêntures de infraestrutura pela beneficiária do crédito. O valor do crédito do BNDES será dimensionado de acordo com o sistema SAC.

O leilão de transmissão de energia terá quatro lotes de empreendimentos, no total de 905 quilômetros de linhas, com investimentos de cerca 1,7 bilhão de reais.

O mercado espera que os investidores sejam mais cautelosos nesse leilão, diante da maior percepção de risco, num cenário de taxa de retorno considerada apertada para novos investimentos.

A Eletrobras, uma das principais investidoras do setor, já demonstrou cautela ao declarar que ficará de fora do leilão enquanto guarda fôlego para disputar projetos de maior interesse no futuro.

Em dezembro, o BNDES anunciou uma nova política operacional, reduzindo a participação e a parcela financiada por meio da TJLP. O setor de infraestrutura é considerado prioritário para obtenção de financiamentos no banco de fomento.

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