Economia

BNDES receberá R$30 bi do Tesouro e vê quantia suficiente

Quantia é cerca de 23% menos que no ano passado, mas banco considera que o valor é suficiente para o orçamento de fomento no atual exercício


	Sede do BNDES: banco vem recebendo aportes de dezenas de bilhões de reais do Tesouro desde a última crise financeira global
 (Divulgação/BNDES)

Sede do BNDES: banco vem recebendo aportes de dezenas de bilhões de reais do Tesouro desde a última crise financeira global (Divulgação/BNDES)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 14h24.

Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou que receberá aporte de 30 bilhões de reais do Tesouro Nacional em 2014, cerca de 23 por cento menos que no ano passado, e considera que o valor é suficiente para o orçamento do banco de fomento no atual exercício.

"O (presidente do BNDES) Luciano Coutinho deve estar feliz e satisfeito hoje, porque vai receber 30 bilhões de reais de aporte", disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em discurso de abertura de seminário sobre Internet no Rio, em que Coutinho também estava presente.

Falando a jornalistas em seguida, o presidente do BNDES afirmou que a quantia está em linha com as necessidades do banco em 2014. "Existe uma emenda no Senado e esses recursos são necessários para nós. Espero que isso resolva nossa demanda para o ano", disse ele, acrescentando esperar receber parte do dinheiro ainda em maio.

Na segunda-feira, uma fonte do Ministério da Fazenda antecipou à Reuters que o Tesouro negociava um aporte de 30 bilhões de reais no BNDES neste ano, inferior aos 39 bilhões de reais de 2013 e seguindo a política do governo federal de reduzir gradualmente os repasses ao banco de fomento.

O BNDES vem recebendo aportes de dezenas de bilhões de reais do Tesouro desde a última crise financeira global, quando o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou a instituição para irrigar mais crédito a empresas e ajudar no resgate de alguns grandes grupos industriais nacionais, num momento em que os bancos privados restringiam a oferta de empréstimos.

A longevidade desse aspecto da política anticíclica, que no caso específico do crédito envolveu também os bancos públicos Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, despertou críticas sobre o peso do BNDES na economia.

Os repasses ao BNDES vem diminuindo ano a ano desde que o governo federal injetou 100 bilhões de reais em 2009. Em 2010, foram 80 bilhões de reais; em 2011, 55 bilhões de reais; em 2012, 45 bilhões de reais.

Os valores são repassados ao BNDES mediante emissão de títulos públicos e aumento do estoque da dívida mobiliária federal interna.

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