Economia

BNDES quer recursos do FGTS para financiar saneamento e mobilidade urbana

O pleito ao conselho curador do FGTS já foi apresentado e o banco aguarda uma resposta nos próximos meses sobre o acesso aos recursos

Imagem de arquivo do BNDES: Em média, o banco destina anualmente 1 bilhão de reais em financiamento para área de saneamento (Vanderlei Almeida/AFP)

Imagem de arquivo do BNDES: Em média, o banco destina anualmente 1 bilhão de reais em financiamento para área de saneamento (Vanderlei Almeida/AFP)

R

Reuters

Publicado em 21 de novembro de 2018 às 12h56.

Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer acessar recursos do FGTS para financiar projetos de saneamento e mobilidade urbana no país, disse nessa quarta-feira a superintendente da instituição na área de infraestrutura, saneamento e transporte, Luciene Machado.

O pleito ao conselho curador do FGTS já foi apresentado e o banco aguarda uma resposta nos próximos meses sobre o acesso aos recursos do fundo já em 2019.

"Estamos discutindo com o fundo e conselho curador, o comitê de investimentos e com a CEF (Caixa Econômica Federal), que é operadora, a possibilidade de o BNDES vir a se credenciar para usar recursos que têm como grande usuário a Caixa", afirmou a superintendente do banco a jornalistas em evento do Cebri-BNDES.

Paralelamente, o BNDES está elaborando internamente uma espécie de um manual para mostrar como seriam utilizados os recursos. "Estamos construindo um manual para como operar... e esse seria um financiamento adicional e alternativa para o BNDES para saneamento e mobilidade", disse Machado.

Em média, o banco destina anualmente 1 bilhão de reais em financiamento para área de saneamento, uma das mais atrasadas e carentes do país, segundo ela. Para 2019, esse montante pode subir para 1,5 bilhão de reais.

"Para essa realidade de empréstimos de 1 bilhão de reais e no ano que vem 1,5 bilhão de reais dispomos de recursos necessários, mas a questão é que o FGTS tem sobra de recursos e a remuneração muito diferente da nossa e haveria uma possibilidade", afirmou Machado. "A ideia é ter mais um ator além da Caixa fazendo investimentos num setor onde o déficit é o maior de todos da infraestrutura", adicionou.

O BNDES tem auxiliado governos locais na elaboração de modelagem e editais para concessão de empresas de saneamento.

Acompanhe tudo sobre:BNDESFGTSSaneamento

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo