Economia

BNDES prevê desembolsos abaixo de R$ 80 bilhões em 2017

Segundo o presidente do BNDES, os desembolsos do banco devem chegar a R$ 77 bilhões em 2017

Paulo Rabello de Castro: ele espera que a linha BNDES Giro acelere os desembolsos em novembro e dezembro (Pilar Olivares/Reuters)

Paulo Rabello de Castro: ele espera que a linha BNDES Giro acelere os desembolsos em novembro e dezembro (Pilar Olivares/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de novembro de 2017 às 12h54.

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, disse hoje (6) que os desembolsos do banco devem chegar a R$ 77 bilhões em 2017. O montante é inferior à previsão inicial de R$ 80 bilhões e representa o valor total concedido em novos empréstimos a empresas.

Rabello de Castro participou na manhã de hoje do EXAME Fórum Rio de Janeiro, em um hotel em Copacabana. Ele considera R$ 80 bilhões uma estimativa otimista, mas espera que a linha BNDES Giro acelere os desembolsos em novembro e dezembro, com a participação de micro e pequenas empresas.

"Gostaríamos de chegar próximo dos 80 bilhões" disse, destacando que acredita ser possível somar R$ 500 milhões por mês em novembro e dezembro. Para isso, o banco deve investir em mais propaganda para atrair empresas para o BNDES Giro. "E se não for em dezembro, for em janeiro ou fevereiro, já está muito bom".

Para 2018, a previsão do banco é que as micro, pequenas e médias empresas recebam mais da metade do total de desembolsos, que está estimado em R$ 97 bilhões.

"Estamos ambicionando chegar a R$ 97 bilhões, o que acrescentaria 30% a mais, o que é compatível com um país que ressuscita dos mortos. Estamos ressuscitando de uma prolongadíssima recessão", disse o presidente do banco.

A previsão conta com a expectativa de crescimento de 3% a 3,5% do Produto Interno Bruto para o próximo ano, mas Rabello de Castro defendeu que a alta da economia pode ser maior do que essa.

"Com a ajuda do BNDES, poderá ser possível chegar a 4%, a 4,5% porque estamos vindo estatisticamente de um fundo do poço. Não seria uma virtude extraordinária crescer 5% que seja. É uma certa obrigação nossa tentar", disse afirmando que o banco pretende se aproximar das empresas de menor porte. "Queremos estar mais próximos dessa comunidade de empresários e empresárias anônimos, que labutam e geram empregos."

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