Economia

BNDES poderá captar US$1,5 bi no exterior em 2018, diz Rabello

Segundo o executivo, o caixa do banco de fomento para 2017 está bem equacionado e o banco mira agora nos próximos anos

Rabello: "o dinheiro mais barato hoje no mundo está fora do Brasil", afirmou o presidente do BNDES (Pilar Olivares/Reuters)

Rabello: "o dinheiro mais barato hoje no mundo está fora do Brasil", afirmou o presidente do BNDES (Pilar Olivares/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 9 de agosto de 2017 às 13h50.

Rio de Janiero - O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, afirmou nessa quarta-feira que o banco se prepara internamente para ganhar musculatura e poder fazer uma captação externa de ao menos 5 bilhões reais no ano que vem, o equivalente a cerca de 1,5 bilhão de dólares.

Segundo o executivo, o caixa do banco de fomento para 2017 está bem equacionado e o banco mira agora nos próximos anos.

"Não temos pressa por estamos confortáveis com o caixa, mas para 2018 certamente. Vai depender da oportunidade, mas começa em 5 bilhões (de reais)",disse ele a jornalistas após participar da abertura do Enaex, um encontro de comércio exterior no Rio de Janeiro

"O dinheiro mais barato hoje no mundo está fora do Brasil. Para captar preciso apenas arrumar um pouco mais a visibilidade internacional do banco", acrescentou.

A decisão do Banco Central de credenciar o BNDES como dealer para as suas operações no mercado aberto, anunciada na terça-feira, também deverá favorecer as captações do próprio banco com spreads menores, disse Rabello de Castro.

"Para nós foi satisfação atuar como dealer, o que reforça a posição como entidade financeira que nos próximos meses e anos deve estar mais atuante no mercado de renda fixa e na renda variável para estimular o mercado de capitais", disse ele.

O BNDES começará a atuar como dealer do BC, intermediando as transações em mercado do BC com títulos públicos em operações compromissadas, a partir do dia 10 de agosto. Esta é a primeira vez que o banco de fomento é convidado para fazer parte do grupo seleto de 10 bancos e duas corretoras. A cada seis meses, o BC atualiza a lista de dealers.

 

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBNDESRio de JaneiroSpread

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo