Economia

BNDES estrutura fundo para setor de saneamento, diz Lustosa

O projeto está sendo desenvolvido em conjunto com a área de Infraestrutura do banco e com o ministério das Cidades

BNDES: o fundo deverá contar com pelo menos R$ 200 milhões (Nacho Doce/Reuters)

BNDES: o fundo deverá contar com pelo menos R$ 200 milhões (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de agosto de 2017 às 15h53.

Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está estruturando um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) para o setor de saneamento, disse a diretora de Mercado de Capitais da instituição, Eliane Lustosa.

O projeto está sendo desenvolvido em conjunto com a área de Infraestrutura do banco e com o ministério das Cidades. O fundo deverá contar com pelo menos R$ 200 milhões, estima.

"O desafio aqui não é ter recursos, é ter projetos. O que vai limitar o tamanho do fundo é a capacidade de ter novos projetos indo a mercado", disse após participação no evento InfraInvest, no Rio.

O BNDES identificou uma demanda expressiva de investidores interessados em destinar recursos à aquisição de recebíveis de dívida do setor.

A ideia é replicar para saneamento o modelo do fundo de energia renovável de R$ 500 milhões criado pelo BNDES. Nele, o banco participa com 50% dos recursos do fundo, que tem um gestor privado.

É esse gestor que analisará a qualidade dos recebíveis das empresas candidatas, assim como os projetos que receberão os recursos levantados pelo fundo.

Na análise de Lustosa, essa é uma solução interessante para reduzir o contingenciamento de empresas de saneamento interessadas em ir a mercado.

A diretora do BNDES destacou que é fundamental viabilizar novas formas de captação de recursos privados, em um contexto de recursos públicos escassos.

"Saneamento é uma dívida social importante e há investidores interessados. Faz sentido dar um empurrão nessa área", afirmou.

Nesta semanao BNDES deverá fechar a escolha do gestor de um outro fundo, o de venture debt, com valor de R$ 100 milhões.

O foco é financiar micro, pequenas e médias empresas, com foco em inovação e dificuldade de acessar o mercado de crédito.

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