Economia

BNDES deve concluir 2015 sem novo aporte, diz Coutinho

Segundo o presidente da instituição, o BNDES tem condições de honrar todos os contratos assinados neste ano


	O presidente do BNDES, Luciano Coutinho: "não necessariamente vamos precisar do Tesouro em 2016, possivelmente não"
 (Marcos Issa/Bloomberg)

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho: "não necessariamente vamos precisar do Tesouro em 2016, possivelmente não" (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2015 às 17h21.

Brasília - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem condições de concluir desembolsos previstos para este ano, honrando todos os contratos, mas "um pouquinho apertado", disse o presidente da instituição de fomento, Luciano Coutinho, nesta quinta-feira.

Coutinho afirmou que a estrutura de capital da instituição está "super saudável" e que o BNDES não deve precisar de aportes do governo federal em 2016.

"Em relação a fontes de recursos nós teremos condições de concluir este ano de 2015 um pouquinho apertados, mas honrando todos os nossos contratos assinados", disse ele a jornalistas, após depoimento de sete horas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o banco na Câmara dos Deputados.

O presidente do BNDES afirmou que a necessidade de aportes do banco em 2016 depende de uma série de condições, mas que "não necessariamente vamos precisar do Tesouro em 2016, possivelmente não".

"Vamos imaginar que teremos a capacidade de atrair outras fontes de financiamento, vamos trabalhar para isso", disse Coutinho.

Mais cedo, o presidente do BNDES afirmou que o banco não tem exposição a empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato, apenas a projetos em que elas possam ser sócias.

O pedido de criação da CPI, apresentado pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR), requer a investigação de empréstimos considerados suspeitos pela operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção bilionário envolvendo estatais, órgãos do governo, empreiteiras, partidos e políticos.

O lucro do BNDES caiu 35,8 por cento no primeiro semestre, como reflexo do menor resultado com participações societárias, motivado principalmente pelo fato da Petrobras não ter distribuído dividendos nos seis primeiros meses do ano.

De janeiro a maio, os desembolsos do banco somaram 54,8 bilhões de reais, uma queda de 20 por cento sobre o mesmo período de 2014, informou o BNDES em junho.

Texto atualizado às 17h21

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