Economia

BNDES aprova empréstimo para concessionária do Galeão

É o primeiro empréstimo do banco de fomento para os aeroportos internacionais do Rio e de Belo Horizonte, privatizados em leilões em novembro do ano passado


	Galeão: aeroporto é operado pela Odebrecht Transport e pelo Changi Airport Group
 (Tânia Rêgo/Agencia Brasil)

Galeão: aeroporto é operado pela Odebrecht Transport e pelo Changi Airport Group (Tânia Rêgo/Agencia Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2014 às 17h45.

Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quinta-feira, 28, a aprovação de empréstimo-ponte de R$ 1,106 bilhão para a concessionária do Aeroporto do Galeão, no Rio.

É o primeiro empréstimo do banco de fomento para os aeroportos internacionais do Rio e de Belo Horizonte, privatizados em leilões em novembro do ano passado.

A previsão inicial do BNDES era aprovar os dois empréstimos-pontes para esses terminais neste segundo semestre.

Nesta quinta, o banco de fomento não informou um prazo para a aprovação da operação com o aeroporto de Confins, operado pela CCR.

O Galeão é operado pela Odebrecht Transport e pelo Changi Airport Group, administrador do aeroporto de Cingapura.

As duas concessionárias assumiram a gestão dos terminais do Rio e de Belo Horizonte no último dia 12.

Procurada, a concessionária do Galeão não quis comentar a aprovação do empréstimo junto ao BNDES.

O empréstimo-ponte é um crédito de curto prazo, concedido para arcar com investimentos enquanto a instituição financeira analisa o financiamento de longo prazo.

Segundo Cláudia Cristina Campos, gerente do Departamento de Logística (Delog) do BNDES responsável pela operação, a análise será feita em até 18 meses, prazo do empréstimo-ponte.

"O valor final do financiamento será fechado durante a análise", disse Cláudia.

O projeto que chegou ao BNDES prevê R$ 2,7 bilhões de investimentos em cinco anos.

Se financiar 70% dos aportes, nível próximo do adotado no caso do Aeroporto de Guarulhos, o financiamento total ficaria em torno de R$ 1,9 bilhão - o empréstimo-ponte está incluído nesse valor.

Nesse caso, o crédito de curto prazo já oferecido à concessionária do Galeão será relativamente maior, na comparação com o financiamento total, do que em outras operações do tipo no BNDES.

Isso se explica, segundo Cláudia, porque os investimentos já estão ocorrendo.

"Os investimentos nas ações imediatas estão quase concluídos e já estão começando os aportes da fase seguinte. O volume de investimentos é grande nos próximos meses", afirmou a executiva do BNDES.

A estrutura financeira deverá incluir ainda o lançamento de debêntures de infraestrutura, títulos de dívida corporativa com isenção de impostos para quem investe neles, desde que a operação seja aprovada pelo governo.

Segundo o banco de fomento, até 2016, o Galeão terá expandido as instalações de embarque e desembarque de passageiros e as vagas no estacionamento de carros em quase 100% e as posições de estacionamento de aeronaves em 130%.

"Pelo que vimos do projeto, os investimentos têm a perspectiva de melhorar muito a qualidade da infraestrutura e do atendimento aos clientes", completou Cláudia.

Acompanhe tudo sobre:AeroportosAeroportos do BrasilBNDESEmpresasEmpréstimosGaleãoTransportes

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo