Lotex: depois da capital inglesa, a comitiva segue, na próxima semana, para os Estados Unidos (Elza fiúza/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de setembro de 2017 às 14h57.
Rio - Dez representantes de investidores já estão inscritos para participar, na quinta e na sexta-feira, de "road shows", em Londres, sobre o leilão de concessão da Lotex, o serviço de loterias instantâneas, como as "raspadinhas", afirmou nesta terça-feira, 26, Guilherme Albuquerque, chefe de departamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) responsável pela operação.
Além do BNDES, representantes do Ministério da Fazenda e do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) farão parte da comitiva ao exterior.
Depois da capital inglesa, a comitiva segue, na próxima semana, para os Estados Unidos. Em vez de Nova York, tradicional destino de "road shows" para investidores, a parada será Las Vegas, capital mundial dos jogos de azar, onde acontece uma feira de negócios do setor.
"O Brasil é um mercado com um potencial enorme. A gente tem em torno de dez investidores confirmados nos road shows internacionais", disse Albuquerque, em audiência pública sobre o processo de privatização da Lotex, encerrado no Rio.
Segundo o executivo do BNDES, as principais empresas globais do setor de loterias instantâneas vêm mantendo contato com o governo e já estudam o mercado brasileiro há bastante tempo.
A expectativa é que o interesse venha de investidores estrangeiros, pois não há empresas do setor atuando no País atualmente e os critérios de qualificação técnica previstos para o edital são elevados.
Entre as grandes empresas do setor estão a americana Scientific Games, a britânica IGT e a Intralot, baseada na Grécia. A Scientific Games mandou representante à audiência pública, segundo Albuquerque.
A Intralot tem subsidiária no Brasil desde 2010, quando começou uma parceria com a Loteria Mineira, do governo de Minas Gerais.
Na audiência, Albuquerque deixou claro que até mesmo a Caixa Econômica Federal, que deixou de operar loterias instantâneas em 2015, poderia participar do leilão.
"Não há vedação à participação da Caixa nesse processo", afirmou o executivo do BNDES, ressaltando que, como qualquer interessado, o banco federal teria que cumprir as exigências do edital ou se associar a uma empresa que as cumprisse.