Economia

BM apoia criação de banco de desenvolvimento do BRICs

A decisão de criar o banco foi anunciada na semana passada, durante a quarta reunião do bloco

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick: “por princípio, se os países do BRICs pretendem desenvolver [o seu banco], nós trabalharemos com ele" (©AFP/Arquivo / Liu Jin)

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick: “por princípio, se os países do BRICs pretendem desenvolver [o seu banco], nós trabalharemos com ele" (©AFP/Arquivo / Liu Jin)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2012 às 09h49.

Brasília – O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse hoje (3) que a instituição está disponível para trabalhar em conjunto com o futuro banco de desenvolvimento do BRICs (grupo formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul). A decisão de criar o banco foi anunciada na semana passada, durante a quarta reunião do bloco, em Nova Delhi, na Índia.

“Trabalhamos com os bancos regionais de desenvolvimento e tenho parcerias com esses bancos”, disse Zoellick, no Fórum Boao, que debateu a integração econômica da Ásia, em Hainão, na China. “Por princípio, se os países do BRICs pretendem desenvolver [o seu banco], nós trabalharemos com ele”, acrescentou.

A ideia é que a nova instituição bancária seja uma espécie de alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Na semana passada, foi anunciada a criação de um grupo de trabalho, integrado por representantes de todos os países do Brics. O grupo deve definir os termos de referência, a estrutura do organismo, como será integralizado o capital e as práticas de comércio bilateral e multilateral.

A proposta do banco do BRICs é estabelecer um mecanismo que permita o financiamento de projetos exclusivamente nos países em desenvolvimento. A ideia é que a presidência da instituição seja rotativa entre os cinco integrantes do BRICs. Paralelamente, os líderes presentes aos debates deverão reiterar a defesa da ampliação do FMI.

Apoiaram a criação do banco a presidenta Dilma Rousseff e os presidentes Dmitri Medvedev (Rússia), Hu Jintao (China) e Jacob Zuma (África do Sul), além do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh. Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

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