Governo anuncia mudanças no cálculo de rentabilidade da poupança (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2012 às 20h28.
São Paulo - O governo anunciou hoje mudanças nas regras para o cálculo de rentabilidade da poupança. Veja como foi a cobertura minuto a minuto:
19:29 Câmbio valorizado - Em relação à valorização do dólar, o ministro disse que “o câmbio está agradando mais a indústria, que precisa de competitividade para enfrentar a competição estrangeira, e estamos satisfeitos com isso. Para nós, é desejável uma certa desvalorização do real”.
19:27 Crédito imobiliário - “O mercado imobiliário é competitivo, as taxas estão baixas. O spread é pequeno, portanto não há preocupação. Temos que nos preocupar com spread no crédito ao consumidor e no capital de giro, que ainda é alto”, diz Mantega.
19:23 Ministro refuta comparações com a ex-ministra Zélia Cardoso de Mello, conhecida pelo “confisco da poupança”. “Não há qualquer semelhança. Todos os direitos estão sendo garantidos aos aplicadores”.
19:19 Inflação - Para continuar diminuindo os juros, é necessário controlar a inflação, diz o ministro.
19:18 Os fundos terão que mexer em suas taxas para se tornarem competitivos, diz Mantega. Em 2010, a Selic foi a 8,75% e o rendimento dos fundos se aproximou da poupança. Eles reduziram as taxas de administração para se tornar mais competitivos, lembra o ministro.
19:12 “A rentabilidade das demais aplicações está caído e continuará caindo, portanto não faltará recursos para o financiamento imobiliário”, diz Mantega, que acredita que os investimentos na poupança não vão cair.
19:10 Selic menor? - Ministro não comenta se a Selic irá cair mais, mas diz que agora o cenário está pronto para que isso aconteça.
19:09 Os bancos terão que desmembrar as poupanças existentes em duas contas para que os novos depósitos, a partir de amanhã, já estejam sujeitos às novas regras, diz ministro.
19:07 Questionado sobre o custo político da medida, Mantega diz: “Não nos pautamos pela política, mas sim pelo interesse da população. Fizemos reunião com líderes da base aliada e não houve nenhuma voz destoante. Nas reuniões com as centrais sindicais, também não houve críticas", diz ministro
19:05 65% dos recursos da poupança continuarão sendo direcionados ao crédito imobiliário, diz o ministro.
19:02 “Os fundos que estão cobrando taxas de administração elevadas, terão que reduzi-las", diz Mantega.
18:57 “A nova poupança continuará sendo uma boa aplicação. A antiga, nem se fale. É ótima”, diz Mantega. Para poder baixar os juros, é necessário fazer essa mudança, justifica o ministro. É uma necessária para continuar a baratear o crédito e manter o consumo aquecido, garantindo o crescimento do PIB.
18:51 As novas regras - Para as cadernetas abertas e depósitos feitos a partir de amanhã, vale a seguinte regra: quando a Selic for menor ou igual a 8,5 por cento, a poupança será remunerada pela TR mais 70% da Selic. Quando a taxa básica estiver acima deste patamar, a regra atual de remuneração da aplicação - de TR mais 0,5 por cento ao mês - será mantida.
18:49 Há 100 milhões de poupanças abertas no Brasil, com 431 bilhões de reais aplicados. Para estas aplicações, a regra não muda. A liquidez é diária. O detentor pode sacar o recurso a qualquer momento. A rentabilidade é mensal, com rendimento de meio por cento mais a TR e continua com isenção de IR. Também não há mudança na TR.
18:45 Os detentores que tem dinheiro aplicado na poupança até hoje estão sujeito às mesmas regras de remuneração. Não há prejuízo para os atuais detentores, diz Mantega.
18:40 Ministro da Fazendo Guido Mantega anuncia mudanças na caderneta de poupança. Acompanhe ao vivo.
17:40 Entidades representantes dos empresários e bancos, como a Fiesp e a Febraban, também apoiaram a mudança.
16:45 Para o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES, ex-ministro das Comunicações e sócio fundador e estrategista da Quest Investimentos, a mudança na poupança é necessária para evitar a migração de recursos de outros investimentos para a caderneta. Em entrevista exclusiva a EXAME.com, ele falou sobre juros, sobre o papel do Banco Central e sobre a ameaça da inflação.
16:30 De acordo com uma pesquisa do Instituto FSB, quase metade dos representantes da Câmara dos Deputados é a favor das mudanças.