Economia

Blocos marítimos rendem R$ 8 bilhões em leilão da ANP

Arrecadação de R$ 8,014 bilhões ficou 621,91% acima (ágio) dos 2,8 bilhões previstos nas ofertas mínimas

ANP: um total de 22 blocos foram arrematados entre 49 disponíveis (Pilar Olivares/Reuters)

ANP: um total de 22 blocos foram arrematados entre 49 disponíveis (Pilar Olivares/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de março de 2018 às 13h59.

Última atualização em 29 de março de 2018 às 14h06.

Os blocos marítimos da 15ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) somaram um bônus de assinatura de R$ 8 bilhões até o momento. Um total de 22 blocos foram arrematados entre 49 disponíveis.

A arrecadação de R$ 8,014 bilhões ficou 621,91% acima (ágio) dos 2,8 bilhões previstos nas ofertas mínimas. O investimento mínimo previsto para a exploração dos blocos é de R$ 1,222 bilhão.

A Bacia de Santos teve três blocos arrematados, entre os seis que foram ofertados no setor SS-AUP1, com bônus de assinatura total de R$ 346 milhões. A área arrematada para exploração e produção soma 2.144 quilômetros quadrados e o investimento mínimo previsto é de R$ 83,7 milhões.

O consórcio ExxonMobil (64%) e QPI Brasil (36%) arrematou dois blocos e o Chevron Brasil (40%), Wintershall Holding (20%) e Repsol (40%) arrematou um. O ágio na assinatura dos contratos foi de 235,41%.

Na Bacia de Potiguar, foram ofertados os setores SPOT-AP1, SPOT-AP2, SPOT-AR1, que não recebeu propostas. A Petrobras adquiriu o direito de exploração de um dos cinco blocos do primeiro setor, e o segundo setor teve os seis blocos disponíveis arrematados. Petrobras, Wintershall Holding e Shell Brasil fizeram as ofertas e adquiriram os direitos de exploração e produção. O bônus de assinatura desta bacia totalizou R$ 5,1 milhões, no setor SPOT-AP1, e de R$ 133,7 milhões, no SPOT-AP2, com ágio de 80,98%. O investimento mínimo previsto soma mais de R$ 200 milhões.

A Bacia de Campos teve nove blocos ofertados em um único setor, o SC-AP5, e todos foram arrematados. O bônus de assinatura chegou a R$ 7,5 bilhões, com um ágio de 680,42% sobre a oferta mínima. A previsão é que os investimentos somem R$ 862 milhões.

A Petrobras participou dos consórcios que arremataram três dos nove blocos nesta bacia e grandes petrolíferas como a ExxonMobil, Statoil Brasil, Shell Brasil e Repsol e Chevron Brazil estão entre as que adquiriram direitos de exploração e produção.

Na Bacia de Ceará, dois setores tinham blocos ofertados, mas apenas o setor SCE-AP2 teve um bloco arrematado, dos sete que estavam disponíveis. A empresa contratada foi a Wintershall Holding, que apresentou a proposta sozinha e vai pagar R$ 9 milhões de bônus de assinatura. O ágio sobre a oferta mínima foi de 12,33%.

A Bacia Sergipe-Alagoas teve oferta de blocos em dois setores, SSEAL-AUP1 e SSEAL-AUP2, e dois dos sete blocos foram arrematados por empresas e consórcios, com o pagamento de mais de R$ 7 milhões em bônus de assinatura.

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