Redação Exame
Publicado em 17 de abril de 2024 às 07h49.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pedirá nesta quarta-feira que as tarifas sobre o aço e o alumínio chineses sejam triplicadas, num discurso preparado especialmente para sindicatos da Pensilvânia, um dos campos de batalha das eleições de novembro.
Biden, que deve discursar na sede da United Steel Workers, está no meio de uma passagem de três dias pelo estado com foco em questões econômicas, enquanto seu oponente, o ex-presidente Donald Trump, enfrenta um júri em Nova York sobre as acusações de que falsificou registros comerciais para encobrir um suposto caso com uma estrela de filmes adultos.
O governo Biden afirma que a China está produzindo bens em excesso para exportar para os EUA, o que reduz os preços e prejudica a economia americana, já que os produtos americanos de maior qualidade precisam competir com alternativas mais baratas.
A tarifa média atual sobre o aço e o alumínio da China é de 7,5%, e Biden está pedindo ao Escritório do Representante Comercial dos EUA que triplique a taxa tarifária.
Biden também está instruindo seu governo a trabalhar com o México para evitar que a China drible as tarifas sobre aço e alumínio importados do México para os EUA. O escritório do representante comercial de Washington também está iniciando uma investigação sobre as práticas comerciais da China nos setores de construção naval, marítimo e de logística.
Nos últimos meses, Biden vem intensificando sua retórica econômica contra a China. O mesmo aconteceu com Trump, que disse considerar uma tarifa de 60% sobre todas as importações chinesas.
Durante seu governo, Trump impôs novas tarifas sobre importações de máquinas de lavar, painéis solares, aço, alumínio e bilhões de dólares em mercadorias da China. As novas taxas equivaleram a um aumento de impostos de US$ 80 bilhões por ano, de acordo com a Tax Foundation, um grupo de política tributária sem fins lucrativos e apartidário.
O governo Biden manteve a maioria das tarifas de Trump sobre a China.