Está previsto que durante a jornada o presidente do BID, o colombiano Luis Alberto Moreno, anuncie aos governadores a criação de um fundo regional de contingência contra a crise (AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2012 às 11h38.
Montevidéu - As autoridades do Uruguai pediram nesta segunda-feira aos países latino-americanos que não caiam na 'autocomplacência' apesar da resistência mostrada com a crise de 2008 e seus efeitos posteriores, ao inaugurar a 53ª Assembleia Anual de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
'O pior que poderíamos pensar é que a capacidade da região de combater a crise nos põe a salvo de qualquer tipo de tempestade ou nos induz a qualquer tipo de autocomplacência', afirmou o ministro uruguaio de Economia, Fernando Lorenzo.
Na reunião inaugural da Assembleia do BID, Lorenzo foi eleito presidente do Conselho de Governadores, cargo que até então era desempenhado pela ministra canadense de Estado para o Continente Americano, Diane Ablonczy.
Lorenzo mostrou sua aprovação pelas melhoras institucionais fruto do processo de capitalização do banco, concretizado em 2010 por um montante de US$ 70 bilhões.
Neste cenário, ele pediu a consolidação no futuro de um BID 'que reúna e reflita a diversidade da região' e que esteja pronto para encarar os novos desafios regionais nos próximos anos, que alguns analistas e autoridades se aventuraram a definir como 'a década da América Latina'.
A relação comercial com a Ásia, os temores pela desaceleração da economia chinesa, a crise de dívida na Europa, a importância da segurança cidadã e o protecionismo no qual estão caindo algumas economias, algumas delas na América Latina, são os temas centrais da reunião.
Desde a quinta-feira, são celebradas atividades paralelas à Assembleia, mas as sessões plenárias começaram nesta segunda.
Está previsto que durante a jornada o presidente do BID, o colombiano Luis Alberto Moreno, anuncie aos governadores a criação de um fundo regional de contingência contra a crise e os desastres naturais que permitirá utilizar recursos do organismo multilateral de maneira flexível e rápida.