Economia

Bernardo diz que corte no orçamento será conservador

Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, repetiu hoje, durante o programa "Bom Dia Ministro", transmitido pela NBR TV, que o corte no orçamento deste ano, que será divulgado à tarde, será "prudente" e "conservador". "Falou em corte, é sempre ruim para o governo", afirmou.   Paulo Bernardo ressaltou que a base de cálculo […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, repetiu hoje, durante o programa "Bom Dia Ministro", transmitido pela NBR TV, que o corte no orçamento deste ano, que será divulgado à tarde, será "prudente" e "conservador". "Falou em corte, é sempre ruim para o governo", afirmou.

Paulo Bernardo ressaltou que a base de cálculo para a redução das verbas foi a arrecadação do primeiro bimestre de 2010. Além disso, foi acrescida à conta uma margem de erro. "Ao longo do ano, vamos fazendo a liberação, se estivermos folgados, mas vamos fazer isso preservando algumas áreas", disse.

Entre estas áreas estão saúde, educação e investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Programa Nacional de Agricultura Familiar e do Bolsa Família. "O restante terá cortes proporcionais ao tamanho do orçamento dos ministérios", disse.

O ministro explicou que o Executivo enviará amanhã um relatório para Congresso Nacional com a limitação do volume de gastos. O prazo para envio vai até o dia 20 deste mês. Mas como a data limite cai no sábado, a entrega será feita amanhã.

Juros

O ministro avaliou ainda que a decisão de ontem do Comitê de Política Monetária (Copom), de manter a taxa básica de juros em 8,75% ao ano, foi "absolutamente normal" e mostra o bom trabalho que o Banco Central (BC) tem feito. "Não diria que surpreendeu, achamos absolutamente normal e adequado", disse o ministro. "Parece que (a decisão do Copom) surpreendeu os que estavam apostando ou pressionando publicamente a alta dos juros", completou.

Paulo Bernardo ressaltou que há cinco reuniões seguidas o comitê trabalha com a taxa de juros em 8,75% ao ano. "Parece que fica claro que o Banco Central não se deixa pressionar e que faz seu trabalho olhando os dados que tem", disse. Ele lembrou que o principal alvo da autoridade monetária é a taxa de inflação. "Quando (a inflação) ameaça subir, o Banco Central analisa e mexe na taxa (de juros) para cima."

O ministro apresentou prognósticos positivos para a inflação deste mês. "Em janeiro e fevereiro, tivemos pressões sazonais, muito por causa da chuvarada, mas tudo indica que em março teremos índices mais confortáveis", estimou. "A previsão para a inflação está boa para este ano e não tem essa pressão toda para subir juro. O BC está fazendo bom trabalho e assim deve continuar", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:GovernoJurosOrçamento federal

Mais de Economia

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto