Pilhas de notas de 50 reais na Casa da Moeda (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2014 às 21h50.
Belo Horizonte - O diretor executivo do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), João Antônio Fleury Teixeira, disse que não há mais necessidade de captação de recursos neste ano para completar as necessidades de funding da carteira de projetos apoiados pela instituição financeira.
"Emitimos letras financeiras em 2012, 2013 e em janeiro deste ano - este último no valor de R$ 250 milhões - e também tivemos as linhas de crédito com o Banco Latino Americano de Desenvolvimento (CAF) e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD)", informou, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência EStado, antes da cerimônia de assinatura de contrato de empréstimo de US$ 150 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Teixeira ainda comentou que para 2014, o BDMG quer destinar R$ 2,2 bilhões para financiamentos de projetos no Estado.
Essa captação com o BID é a segunda no ano. O BDMG é grau de investimento pelas agências de classificação de risco Standard & Poor's e Moody's, o que, na visão do executivo, também ajuda na avaliação do BID ou de outras instituições financeiras a concederem empréstimos ao BDMG.
Sobre um eventual grau de investimento da Fitch Ratings, o executivo disse que houve conversas com a agência de classificação de risco, mas que "as duas agências que já concederam o rating são bem representativas e que não é padrão dos bancos de fomento possuir o terceiro grau de investimento".
O BDMG tem um plano de longo prazo para seus aportes.
Até 2023, a meta é liberar recursos de cerca de R$ 4 bilhões por ano e ter uma carteira de crédito de R$ 10 bilhões, o qual Teixeira diz ser o "ponto de equilíbrio" do banco.
Na cerimônia estavam presentes, além do presidente do BID, Luis Alberto Moreno, a embaixadora da Colômbia no Brasil, Patrícia Cárdenas, o presidente do BDMG, Júlio Onofre Mendes de Oliveira, o presidente do Conselho de Administração do BDMG, Paulo Paiva, e a secretária de Planejamento e Gestão do Estado de Minas Gerais, Renata Vilhena.