Economia

BCs questionam privacidade de dados da Bloomberg

"O BCE leva muito a sério a proteção da confidencialidade na utilização de produtos de dados pelos seus funcionários e autoridades", informou o banco europeu


	Os questionamentos de autoridades monetárias da Europa seguem-se às dúvidas já levantadas por outros clientes da agência, como o Federal Reserve e o Tesouro dos EUA
 (©AFP/Getty Images / Brendan Hoffman)

Os questionamentos de autoridades monetárias da Europa seguem-se às dúvidas já levantadas por outros clientes da agência, como o Federal Reserve e o Tesouro dos EUA (©AFP/Getty Images / Brendan Hoffman)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 15h10.

Os principais bancos centrais estão questionando a agência Bloomberg sobre como seus dados de utilização de dados financeiros dos terminais da agência são acompanhados por funcionários da empresa.

Além do Banco do Japão e do Federal Reserve, o Banco Central Europeu (BCE) e o Bundesbank, da Alemanha, entraram em contato com a agência para esclarecer o acompanhamento de suas atividades nos terminais, informa o diário britânico Financial Times na sua edição online.

O BCE informou que entrou em contato com a Bloomberg sobre a confidencialidade após a revelação de que jornalistas da agência tinham acesso às atividades dos clientes nos terminais de informações financeiras da companhia, com conhecimento de datas e funções acessadas pelos clientes. A prática foi denunciada pelo banco de investimentos Goldman Sachs há cerca de um mês, mas só veio a público no fim da semana passada.

"O BCE leva muito a sério a proteção da confidencialidade na utilização de produtos de dados pelos seus funcionários e autoridades", informou o banco europeu. "Nossos especialistas estão em contato com a Bloomberg."

Os questionamentos de autoridades monetárias da Europa seguem-se às dúvidas já levantadas por outros clientes da agência, como o Federal Reserve e o Tesouro dos EUA, alertados pelo vazamento da queixa apresentada pelo Goldman Sachs.

Diferentemente de Ben Bernanke, do Fed, o presidente do BCE, Mario Draghi, não tem um terminal da agência de notícias na sua mesa.

Acompanhe tudo sobre:BancosFinançasFiscalizaçãoTecnologia da informação

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto