Economia

BCE terá novos poderes para supervisionar bancos da UE

Acordo é o primeiro passo de uma maior integração para fortalecer o euro


	Prédio do Banco Central Europeu: banco terá autoridade para policiar diretamente grandes bancos da zona do euro e intervir em bancos menores
 (Hannelore Foerster/Getty Images)

Prédio do Banco Central Europeu: banco terá autoridade para policiar diretamente grandes bancos da zona do euro e intervir em bancos menores (Hannelore Foerster/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 07h48.

Bruxelas - A Europa alcançou um acordo nesta quinta-feira para dar ao Banco Central Europeu (BCE) novos poderes para supervisionar bancos da zona do euro a partir de 2014, o primeiro passo de uma maior integração para fortalecer o euro.

Após mais de 14 horas de conversas e meses de tortuosas negociações, ministros das Finanças dos 27 países da União Europeia concordaram em dar ao BCE a autoridade para policiar diretamente ao menos 150 grandes bancos da zona do euro e intervir em bancos menores no primeiro sinal de problema.

"Este é o primeiro grande passo para a união bancária", disse o Comissário da UE, Michel Barnier, à imprensa. "O BCE terá o principal papel, não há dúvidas sobre isso." Após três anos de medidas contra a crise, acertar uma união bancária apresenta um pilar de união econômica mais forte e marca a primeira tentativa de integrar a resposta do bloco a problemas bancários.

O novo sistema de supervisão deve estar funcionando até 1º de março de 2014, após negociações com o Parlamento Europeu, embora ministros tenham aceito que isso pode ser adiado se o BCE precisar de mais tempo para se preparar.

O plano inicia uma das maiores reformas do sistema bancário europeu desde que a crise financeira começou, em meados de 2007.

O ônus está agora sobre os líderes da UE, que se reúnem em Bruxelas quinta e sexta-feiras desta semana, para dar total apoio político.

Acompanhe tudo sobre:BCECâmbioEuroEuropaMoedasUnião Europeia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto