Economia

BCE reduz projeções do PIB em 2014 para 0,9%

Além disso, queda na inflação da zona do euro reflete, principalmente, a menor inflação dos preços da energia


	Para o ano que vem, o banco espera alta de 1,6% no PIB, contra previsão anterior de +1,7%
 (Getty Images)

Para o ano que vem, o banco espera alta de 1,6% no PIB, contra previsão anterior de +1,7% (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 12h32.

São Paulo - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, anunciou as projeções da autoridade monetária para o Produto Interno Bruto (PIB) e para inflação na zona do euro.

Em comparação com as projeções divulgadas em junho para o crescimento do PIB, foram revisadas para baixo as expectativas de crescimento em 2014 e 2015, e revisada para cima a de 2016.

O BCE prevê alta de 0,9% do PIB em 2014, ante projeção de +1,0% divulgada em junho. Para o ano que vem, o banco espera alta de 1,6% no PIB, contra previsão anterior de +1,7%, e para 2016, expansão de 1,9%, ligeiramente maior que a prevista anteriormente, de 1,8%.

Draghi afirmou durante coletiva em Frankfurt, na Alemanha, que houve uma piora no panorama de médio prazo para a inflação em agosto. De acordo com estimativas da Eurostat, a inflação na zona do euro acumulada até agosto estava em 0,3%, ante 0,4% registrado em julho.

Essa queda reflete, principalmente, a menor inflação dos preços da energia, enquanto outros componentes do índice se mantiveram inalterados. Segundo Draghi, as taxas de inflação estão baixas há um período considerável.

O presidente do BCE afirmou que as decisões anunciadas hoje, juntamente com outras medidas já em vigor, foram tomadas para reforçar as expectativas de inflação de médio e longo prazo.

O objetivo da autoridade monetária da zona do euro é manter as taxas de inflação abaixo, mas próximas, de 2%. Segundo Draghi, a taxa deve se manter baixa nos próximos meses e aumentar gradualmente durante os próximos dois anos.

O BCE revisou apenas a projeção para inflação em 2014 para 0,6%, de 0,7% anunciada em junho. As projeções para 2015 e 2016 foram mantidas em 1,1% e 1,4%, respectivamente.

Draghi afirmou ainda que o conselho do BCE vê que os riscos em torno das perspectivas econômicas são negativos. Em particular, a perda de dinamismo econômico pode amortecer o investimento privado e o aumento dos riscos geopolíticos pode ter maior impacto negativo sobre os negócios e sobre a confiança do consumidor. Além disso, as reformas estruturais em países da zona no euro são consideradas insuficientes pelo presidente do BCE.

Com informações de Dow Jones Newswires

Acompanhe tudo sobre:CâmbioCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoEuroEuropaIndicadores econômicosInflaçãoMoedasPIBZona do Euro

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto