Falando a investidores como parte de um "roadshow" na Europa, David Riley disse que o colapso do euro seria desastroso para a economia global (Ralph Orlowski/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 10h52.
Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) deveria aumentar a compra de dívida de economias em dificuldade da zona do euro para ajudar a Itália e impedir um colapso "cataclísmico" do bloco monetário, disse David Riley, diretor de ratings soberanos da Fitch, nesta quarta-feira.
Falando a investidores como parte de um "roadshow" na Europa, Riley disse que o colapso do euro seria desastroso para a economia global, e que embora não esteja no cenário básico da Fitch, esse colapso pode acontecer se a Itália não encontrar uma forma de resolver seus problemas de endividamento.
"O fim do euro seria cataclísmico. O euro é uma moeda de reserva", afirmou Riley. "O que isso causaria em termos de estabilidade financeira e política?" "É difícil acreditar que o euro sobreviva se a Itália não conseguir", disse ele, acrescentando que, embora muitos vejam a Itália como muito importante política e economicamente para falir, "também pode-se argumentar que ela é grande demais para ser resgatada." Ele também pediu que o BCE abandone sua relutância para aumentar as compras de dívidas governamentais como a da Itália e que permita que o fundo de resgate da zona do euro, o EFSF, tome emprestado diretamente da autoridade monetária.
"O euro pode ser salvo sem um compromisso mais ativo do BCE? Francamente, nós achamos que não", disse Riley, acrescentando que o banco tem muito espaço para expandir sua balanço patrimonial.
"Por que não transformar o EFSF (Fundo Europeu de Estabilidade Financeira) em um banco para que ele possa tomar emprestado do BCE, de modo que ele não tenha que ir ao mercado?"