Economia

BCE precisa de mais evidências de alta da inflação, diz Praet

Segundo o economista-chefe, as evidências são necessárias antes que se possa reduzir o estímulo monetário

BCE: o Conselho se reúne em 8 de junho para decidir sobre a política monetária (Francois Lenoir/Reuters)

BCE: o Conselho se reúne em 8 de junho para decidir sobre a política monetária (Francois Lenoir/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 24 de maio de 2017 às 09h45.

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) precisa ver mais evidências de uma aceleração sustentada da inflação antes que possa reduzir seu estímulo monetário, afirmou nesta quarta-feira o economista-chefe do BCE, Peter Praet.

"As pressões inflacionárias ainda dão poucas indicações de tendência convincente de alta uma vez que as pressões domésticas, destacadamente o aumento do salário, permanecem fracas", disse Praet em conferência.

"No geral, embora estejamos certamente vendo uma recuperação econômica firme, ampla e mais resiliente, ainda precisamos criar uma base de informação suficientemente ampla e sólida para termos a confiança de que a trajetória projetada da inflação é robusta, durável e auto-sustentável", completou.

Sem o suporte do BCE, o progresso na direção de um ajuste sustentado nas projeções de inflação do banco provavelmente será mais lento ou mesmo irá estagnar, disse Praet.

O Conselho do BCE se reúne em 8 de junho para decidir sobre a política monetária.

Acompanhe tudo sobre:BancosBCEEuropaInflação

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo