MARIO DRAGHI, PRESIDENTE DO BCE: banco deve anunciar extensão de seu programa de estímulos à economia / Homas Lohnes/Getty Images
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2016 às 19h36.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h54.
Nesta quinta-feira o Banco Central Europeu (BCE) tenta dar mais um empurrão na economia do bloco. O banco deve anunciar a extensão de seu pacote de estímulos que tem injetado 80 bilhões de euros por mês no mercado com a compra de títulos dos governos do bloco. O pacote, previsto para acabar em março, deve ser prolongado por pelo menos mais seis meses.
A economia tem avançado, mesmo que a passos lentos. O PIB da zona do euro cresceu 5,5% entre o início de 2013 e o terceiro trimestre de 2016. A taxa de desemprego caiu de 12,1% em meados de 2013 para 9,8% em outubro de deste ano. A inflação do bloco, que até maio deste ano estava no campo negativo, subiu para 0,6% em novembro – o patamar mais alto desde abril de 2014.
Apesar disso, a região continua longe de mostrar o vigor de outras épocas. No terceiro trimestre deste ano, o PIB apresentado foi apenas 1,8% maior que o PIB do primeiro trimestre de 2008. A inflação está muito abaixo da meta de 2% do bloco. E as incertezas se acumulam, com Brexit e Donald Trump. As comprar regulares de títulos pelo BCE é o que tem ajudado países com dívidas elevadas, como a Itália, a manter as dívidas em patamares toleráveis.
O programa de estímulos começou em março de 2015. Na época, o BCE já havia cortado a taxa de juros para mínimas recordes. No início, o BCE previa 60 bilhões de euros em estímulos mensais com duração até setembro deste ano. Como o balanço do BCE está em níveis recordes (3,5 trilhões de euros), economistas dizem que o banco precisa descobrir em breve novas alternativas de estímulos. A combalida economia europeia agradece.