Economia

BCE mantém taxa de juros zero e segue disposto a comprar dívida

O Banco Central Europeu seguirá cobrando aos bancos 0,4% pelo excesso de reservas e lhes emprestará 0,25%

O BCE mantém a orientação sobre as taxas de juros (Ralph Orlowski/Bloomberg/Bloomberg)

O BCE mantém a orientação sobre as taxas de juros (Ralph Orlowski/Bloomberg/Bloomberg)

E

EFE

Publicado em 8 de março de 2018 às 14h44.

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) manteve nesta quinta-feira as taxas de juros que presta aos bancos a uma semana em 0% e segue disposto a comprar dívida depois de setembro caso seja necessário.

O BCE informou, após a reunião do seu Conselho de Governo, que seguirá cobrando aos bancos 0,4% pelo excesso de suas reservas a um dia (facilidade marginal de depósito) e que lhes emprestará a um dia a 0,25% (facilidade marginal de crédito).

A entidade elimina do seu comunicado sobre política monetária a referência a que, se a situação econômica piorar, está disposto a aumentar o programa de compra de ativos em termos de volume e/ou duração", o que é um sinal de redução gradual dos estímulos monetários.

O Conselho de Governo tinha debatido eliminar esse compromisso na sua última reunião de janeiro, mas então considerou que essa decisão era "prematura" e não estava "justificada".

O BCE mantém a orientação sobre as taxas de juros ao dizer que espera que "se mantenham nos níveis atuais durante um período prolongado que superará amplamente o horizonte das suas compras de dívida".

Também segue disposto a comprar dívida até setembro ou até uma data posterior se for necessário e, em qualquer caso, até que a inflação suba de forma sustentada e se aproxima de seu objetivo, que é uma taxa um pouco abaixo de 2%.

A entidade compra desde o início de janeiro dívida pública e privada no valor de 30 bilhões de euros e fará isso, pelo menos, até o final de setembro.

O BCE "reinvestirá o principal dos valores adquiridos no marco deste programa que vão vencendo, durante um período prolongado após o final das suas compras líquidas de ativos e, em todo caso, durante o tempo que seja necessário".

"Isto contribuirá para que as condições de liquidez sejam favoráveis e a que a orientação da política monetária seja adequada", acrescenta a entidade.

 

Acompanhe tudo sobre:BCEDívida públicaEuropaJuros

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto