Economia

BCE mantém política monetária e Mario Draghi fica sem "grand finale"

Com a decisão desta quinta, taxa de depósito do BCE, que atualmente é sua principal ferramenta de taxa de juros, permanece na mínima recorde de -0,5%

BCE: instituição divulgou a manutenção da taxa de juros (Kai Pfaffenbach/Reuters)

BCE: instituição divulgou a manutenção da taxa de juros (Kai Pfaffenbach/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de outubro de 2019 às 09h31.

Frankfurt — O Banco Central Europeu manteve sua política monetária ultrafouxa nesta quinta-feira, encerrando o mandato de oito anos de Mario Draghi na presidência exatamente no mesmo lugar em que começou: tentando sustentar um bloco cambial perpetuamente enfermo.

Com o crescimento mal se mantendo em território positivo e as perspectivas piorando, este dificilmente é o grand finale esperado por Draghi, cuja promessa de 2012 de fazer "o que for preciso" para salvar o euro - código para resgatar países altamente endividados - é creditada como a salvadora da moeda única.

Com a inflação a menos da metade da meta do BCE e com pouca esperança de recuperação rápida, Draghi ainda manteve a porta aberta para mais estímulos nesta quinta-feira, dias antes de entregar as rédeas à nova presidente do BCE, Christine Lagarde.

Em sua última entrevista coletiva como chefe do BCE, Draghi deve defender o pacote de estímulo do mês passado, reprimindo as críticas incomumente públicas da oposição do próprio Conselho do BCE contra sua marca de agressiva impressão de dinheiro.

Na reunião desta quinta-feira, também com a participação de Lagarde, o BCE manteve sua taxa principal de depósito em -0,5%. Também reafirmou que suas compras de títulos começarão em novembro, a um ritmo de 20 bilhões de euros por mês, durando "o tempo necessário".

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