Economia

BCE irá evitar outra crise, dizem autoridades

Segundo autoridades, banco central vai manter as taxas de juros baixas por quanto tempo for necessário para a economia recuperar-se de forma sólida


	Blindando a economia: "é mais importante aqui promover a expansão e com isso evitar cair em uma segunda grande crise", disse membro do Conselho Diretor do banco Ewald Nowotny
 (Sean Gallup/Getty Images)

Blindando a economia: "é mais importante aqui promover a expansão e com isso evitar cair em uma segunda grande crise", disse membro do Conselho Diretor do banco Ewald Nowotny (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2013 às 12h40.

Viena - O Banco Central Europeu (BCE) vai manter as taxas de juros baixas por quanto tempo for necessário para a economia recuperar-se de forma sólida, garantindo que a crise não retorne com força, disseram duas autoridades nesta segunda-feira.

O BCE precisa conduzir a política de maneira a garantir que a zona do euro não caia de novo em crise, afirmou nesta segunda-feira o membro do Conselho Diretor do banco Ewald Nowotny.

"É mais importante aqui promover a expansão e com isso evitar cair em uma segunda grande crise", disse ele a repórteres quando questionado sobre os riscos de manter a taxa de juros baixa por um longo tempo.

O membro do Conselho Executivo do BCE Benoit Coeure afirmou em entrevista à imprensa conjunta: "Vamos manter nossa política monetária acomodativa por quanto tempo for necessário --o conselho diretor tem sido claro sobre isso", disse ele, destacando que é necessário monitorar as consequências.

Coeure citou o risco de que "um período prolongado de taxas de juros baixas não crie os incentivos corretos para reformas no setor financeiro, em particular para a reestruturação e limpeza dos balanços patrimoniais de bancos da zona do euro".

Ele afirmou que o BCE ainda está avaliando potenciais medidas políticas. "Em momentos excepcionalmente difíceis, temos a obrigação de avaliar todas as opções com a mente aberta", disse ele.

As duas autoridades pareceram divergir em relação à maneira como o BCE deve iniciar a supervisão dos principais bancos da zona do euro, medida que deverá começar em meados de 2014 após uma avaliação da situação dos ativos dos grandes bancos.

Nowotny, que também é presidente do banco central austríaco, disse que sua visão pessoal é de que um início escalonado possa ser aconselhável, dada a responsabilidade de supervisionar cerca de 130 bancos com ativos no valor de aproximadamente 25 trilhões de euros.

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