Economia

BCE diz que países que não cumprem reforma podem ser multados

Os governos podem ser multados em até 0,1% do PIB se eles, repetidamente, não abordarem as falhas econômicas sinalizadas pelas autoridades da UE

BCE: ressaltou a crescente frustração do banco quanto ao ritmo lento da reforma econômica na zona do euro (./Getty Images)

BCE: ressaltou a crescente frustração do banco quanto ao ritmo lento da reforma econômica na zona do euro (./Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2017 às 14h13.

Frankfurt - A União Europeia deve considerar a cobrança de grandes multas aos governos europeus que não adotarem suas propostas de reforma econômica, disse o Banco Central Europeu (BCE).

O conselho do banco, em relatório publicado nesta segunda-feira, ressalta a crescente frustração do BCE quanto ao ritmo lento da reforma econômica na zona do euro, que corre o risco de prejudicar o crescimento e a estabilidade a longo prazo do bloco.

Durante a recente crise na região, os governos da UE lançaram um novo sistema de monitoramento de risco, projetado para evitar desenvolvimentos econômicos preocupantes, como altos déficits de conta corrente, níveis de dívida insustentáveis e bolhas em preços domésticos.

Os governos podem ser multados em até 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) se eles, repetidamente, não abordarem as falhas econômicas sinalizadas pelas autoridades da UE. Na prática, porém, o bloco, até agora, não conseguiu emitir tais sanções. Mas o BCE sugeriu que isso deve mudar. "Parece haver um argumento forte para aplicar o braço corretivo deste procedimento para todos os países com desequilíbrios excessivos", disse o banco central. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:BCEPIBUnião Europeia

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo