Economia

BCE deve estender programa de compra de ativos por 6 meses

Autoridades do Banco Central Europeu se reunirão no dia 8 de dezembro para discutir sobre plano econômico

BCE: banco também deverá manter inalterado o tamanho de suas compras mensais de ativos (REUTERS/Kai Pfaffenbach)

BCE: banco também deverá manter inalterado o tamanho de suas compras mensais de ativos (REUTERS/Kai Pfaffenbach)

R

Reuters

Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 09h38.

O Banco Central Europeu deve anunciar uma extensão de seis meses para seu programa de compra de ativos na próxima semana, de acordo com avaliação da maioria dos economistas consultados pela Reuters, que também prevê que o banco mantenha inalterado o tamanho de suas compras mensais de ativos.

O presidente do BCE, Mario Draghi, disse na quarta-feira que o banco examinará uma combinação de ferramentas políticas quando se reunir em 8 de dezembro e que a política monetária ultrafrouxa deu aos governos da região tempo para reformas. Esses esforços precisam ser intensificados, disse Draghi.

Uma mudança na reunião da próxima quinta-feira do BCE pode ajudar a multiplicar o impacto do estímulo sobre a taxa de câmbio do euro, especialmente com a expectativa que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, aumente a taxa de juros uma semana depois, impulsionando o dólar.

Uma sondagem separada da Reuters mostrou que o dólar deve se fortalecer ante o euro, continuando a alta que começou há dois meses e que se aprofundou desde a vitória de Donald Trump à Presidência dos EUA em 8 de novembro.

A pesquisa aponta que mais de 70 economistas prevêem que o crescimento econômico da zona do euro será de 1,4 por cento, ante 1,6 por cento esperado neste ano, mantendo a pressão sobre o BCE na ausência de estímulo fiscal. De 60 economistas, 52 disseram que o BCE anunciará em 8 de dezembro uma extensão do seu programa de compra de ativos para além do plano atual de março de 2017.

Os riscos da estabilidade financeira da zona do euro aumentaram, com o referendo italiano em 4 de dezembro e com as eleições na França, na Alemanha e na Holanda no próximo ano, que ameaçam derrubar o status quo.

O Brexit também traz incertezas, especialmente porque as negociações ainda não começaram e há poucos detalhes sobre o caminho a se seguir.

Acompanhe tudo sobre:BCEUnião Europeia

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo