BCE: (Kai Pfaffenbach/Reuters)
Fabiane Stefano
Publicado em 12 de janeiro de 2021 às 17h40.
O Banco Central Europeu vai desconsiderar qualquer aceleração temporária da inflação neste ano causada pela demanda reprimida, segundo Isabel Schnabel, que integra o conselho executivo da instituição.
A inflação da zona euro, atualmente em -0,3%, é desacelerada por fatores relacionados à pandemia, como queda dos preços da energia, incentivos fiscais temporários e restrições, como o fechamento de restaurantes, que visam controlar a segunda onda de coronavírus.
Os lockdowns devem provocar outra queda do PIB da zona do euro no primeiro trimestre, e bancos como JPMorgan Chase e UBS rebaixaram suas previsões. O lento início das campanhas de vacinação também lança dúvidas sobre a rapidez com que as empresas conseguirão se recuperar.
O BCE, que se reúne para decidir a política monetária na próxima semana, combate a crise com compras de ativos, empréstimos baratos e taxas de juros negativas, embora autoridades tenham repetidamente enfatizado que a política fiscal também é necessária.
“Apenas a política de governos pode fornecer alívio, garantindo o crescimento sustentável e incentivando o investimento”, disse Schnabel. “O nível geral das taxas de juros subirá novamente.”