Economia

BCE considera fazer com que países fracos assumam mais risco

Autoridades estão pensando em maneiras de assegurar que países mais fracos assumam parcelas maiores do risco e dos custos


	BCE: entidade pode exigir que os bancos centrais de países como Grécia e Portugal separem dinheiro extra ou provisões para cobrir potenciais perdas
 (Krisztian Bocsi/Bloomberg)

BCE: entidade pode exigir que os bancos centrais de países como Grécia e Portugal separem dinheiro extra ou provisões para cobrir potenciais perdas (Krisztian Bocsi/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 09h12.

Frankfurt - Autoridades do Banco Central Europeu (BCE) estão pensando em maneiras de assegurar que países fracos, que devem ganhar mais com uma nova rodada de impressão de dinheiro, assumam parcelas maiores do risco e dos custos.

As autoridades, que falaram em condição de anonimato, disseram à Reuters que o BCE pode exigir que os bancos centrais de países como Grécia e Portugal separem dinheiro extra ou provisões para cobrir potenciais perdas com qualquer compra de títulos, refletindo a natureza mais arriscada de seus bônus.

Tal medida poderia ajudar a persuadir a relutante Alemanha a apoiar os planos para a compra de títulos soberanos. Existe atualmente um impasse entre o BCE e o banco central alemão acerca dos preparativos do BCE para a compra de títulos soberanos, o estímulo chamado de "quantitative easing" (QE), para fortalecer a fraquejante economia da zona do euro.

No entanto, embora a ideia possa ajudar a superar a oposição na Alemanha, que está preocupada de que impressão de dinheiro novo possa encorajar gastos irresponsáveis deixando a conta para a Alemanha pagar, críticos vão argumentar que qualquer condição do tipo reduz o escopo e o impacto das medidas.

Embora o lançamento de dinheiro novo para comprar títulos soberanos pareça certo, como isso acontecerá ainda não está definido. O Conselho Diretor do BCE realizará sua próxima reunião de política monetária em 22 de janeiro, sendo que as expectativas do mercado sobre novos estímulos estão altas.

Exigir que países mais fracos façam provisões extras sinalizaria que mais do risco de potenciais prejuízos vão ficar com os bancos centrais nacionais, em vez do BCE em Frankfurt.

O BCE não quis comentar o assunto.

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