BCE: banco teria avaliado as vantagens e desvantagens entre o tamanho e a duração das compras de ativos (Ralph Orlowski/Getty Images)
Reuters
Publicado em 5 de outubro de 2017 às 08h52.
Última atualização em 5 de outubro de 2017 às 09h47.
Frankfurt - A reunião dos membros do Banco Central Europeu no mês passado discutiu vários cenários para prorrogar as compras de ativos até 2018 e também expressou preocupação generalizada com o rápido fortalecimento do euro, mostrou a ata do encontro nesta quinta-feira.
As autoridades dos 19 países da zona do euro discutiram vários cenários para prolongar as compras de ativos, avaliando as vantagens e desvantagens entre o tamanho e a duração das compras, com alguns argumentando que qualquer decisão final deveria incluir um corte na compra de ativos.
Como as compras de títulos programadas para vencerem no final do ano, o prazo para uma decisão está acabando e os mercados agora esperam que as compras sejam reduzidas em um terço, para 40 bilhões de euros por mês, e que o programa seja prorrogado por mais seis ou nove meses.
"Os membros também discutiram algumas consequências gerais inerentes a vários cenários para a futura recalibragem do programa de compra de ativos e, em particular, a escolha entre o ritmo e a duração pretendidos", informou o BCE, descrevendo a discussão como preliminar.
"No âmbito das orientações futuras do Conselho do BCE, os benefícios de um horizonte de compra mais longo combinado com uma maior redução no ritmo foram comparados com os de um período mais curto de compras e maiores volumes mensais", afirma a ata.
As autoridades também destacaram que qualquer alteração deve se aplicar a todo o pacote de política monetária e não deve ser limitada a nenhum componente em particular, especialmente o tamanho ou a duração das compras de ativos.
Embora as autoridades tenham expressado maior confiança sobre a trajetória da inflação, alguns argumentaram que o impacto negativo do fortalecimento do euro pode ter sido subestimado, criando riscos negativos para algumas projeções de inflação.
De fato, o economista-chefe Peter Praet pediu que a taxa de câmbio seja "monitorada de perto", uma frase mais forte do a que foi eventualmente aceita quando as autoridades optaram por apenas "monitorar."