Economia

BC vê restrição maior na liberação de crédito em 2015

Em todos os segmentos pesquisados, instituições esperam um quadro de dificuldade na liberação de recursos, tanto para pessoa jurídica como para pessoa física


	Banco Central: pesquisa aponta para cenário de maior restrição na liberação de recursos neste início de 2015
 (Arquivo/Agência Brasil)

Banco Central: pesquisa aponta para cenário de maior restrição na liberação de recursos neste início de 2015 (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 14h27.

Porto Alegre - A pesquisa qualitativa de crédito divulgada pelo Banco Central, na manhã desta terça-feira, 10, aponta para um cenário de maior restrição na liberação de recursos no Brasil neste início de 2015.

De acordo com os números apresentados, houve deterioração da perspectiva de aprovação de crédito para o primeiro trimestre do ano com relação ao esperado no trimestre anterior, em três dos quatro segmentos analisados.

Os dados foram coletados pelo BC entre 8 e 19 de dezembro, junto a 46 instituições financeiras.

No caso do crédito voltado às grandes empresas, o indicador de aprovação de crédito passou de 0,08 nos últimos três meses de 2014 para uma queda de 0,29 no primeiro trimestre de 2015.

Para as micro, pequenas e médias empresas, o índice saiu de -0,18 para -0,56. E no que se refere ao crédito voltado ao setor habitacional, para pessoa física, o indicador passou de 0,22 para -0,22.

A exceção ficou com o crédito direcionado ao consumo das pessoas físicas, para o qual o indicador de aprovação de crédito passou de -0,18 para -0,09, na mesma base de comparação.

De qualquer forma, mesmo neste último caso, o cenário indicado é de expectativa de restrição na concessão de crédito.

Na pesquisa do BC, o indicador que mede a perspectiva das instituições financeiras para o mercado de crédito varia de -2 (menos concessões) para +2 (mais concessões).

Em todos os segmentos pesquisados, portanto, as instituições esperam um quadro de dificuldade na liberação de recursos, tanto para pessoa jurídica como para pessoa física.

Os dados foram apresentados nesta terça-feira, 10, pelo chefe do departamento econômico do Banco Central, Tulio Maciel, como parte da divulgação do Boletim Regional Trimestral.

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