Economia

BC vê espaço para maior fatia de crédito imobiliário no PIB

Para a instituição, o crédito imobiliário pode aumentar a participação no Produto Interno Bruto brasileiro nos próximos anos


	"Com o crescimento demográfico, a população vai continuar demandando imóveis", disse o chefe adjunto do Departamento de Normas do BC
 (Mario Rodrigues/Veja SP)

"Com o crescimento demográfico, a população vai continuar demandando imóveis", disse o chefe adjunto do Departamento de Normas do BC (Mario Rodrigues/Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 11h24.

São Paulo - A combinação de demanda crescente por imóveis e oferta em alta deve fazer com que o crédito imobiliário aumente a participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos próximos anos, afirmou um representante do Banco Central nesta quinta-feira.

"Com o crescimento demográfico, a população vai continuar demandando imóveis", disse o chefe adjunto do Departamento de Normas do BC, Júlio César Paranatinga Carneiro. "Não vai continuar no mesmo ritmo que vimos recentemente, mas é inevitável que aumente a participação (no PIB)." Os financiamentos imobiliários respondem atualmente por pouco mais de 5 por cento do PIB do país.

"É uma participação pequena, em relação a países desenvolvidos, com potencial para crescimento... não podemos mais continuar com 5 por cento, é uma questão de tempo, a menos que haja alguma mudança no cenário econômico", acrescentou, durante seminário promovido pela associação que representa o setor no país, Abecip.

Em relação aos preços de imóveis, Carneiro assinalou que, embora elevados, os valores vêm passando por uma correção, após um "período de estagnação de preço". Ele descartou a existência de uma "bolha" no mercado imobiliário brasileiro. "Temos 'funding' suficiente para crédito imobiliário", acrescentou.

Os recursos da poupança correspondem a 57,5 por cento dos recursos destinados a financiamento de imóveis. Carneiro ressaltou, entretanto, a necessidade de se desenvolver indicadores para avaliar os preços de imóveis.

"Nunca se pensou em índice de preços de imóveis... agora, com aumento da participação no PIB, começou a haver preocupação", disse.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) vem estudando o desenvolvimento de um índice para medir as variações de preços de imóveis residenciais, sob recomendação do BC.

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