Economia

BC reduz projeção de déficit em contas externas a US$ 81 bi

Em relação a tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB) – o saldo negativo deve ficar em 4,17%, contra 4,42% previstos anteriormente


	Já a previsão para o déficit na conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) foi reduzida de US$ 46 bilhões para US$ 44,2 bilhões
 (Karen Bleier/AFP)

Já a previsão para o déficit na conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) foi reduzida de US$ 46 bilhões para US$ 44,2 bilhões (Karen Bleier/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2015 às 11h48.

O Banco Central (BC) reduziu a projeção para o déficit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços do país com o mundo.

A estimativa passou US$ 84 bilhões para US$ 81 bilhões, este ano. Em relação a tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB) – o saldo negativo deve ficar em 4,17%, contra 4,42% previstos anteriormente. O BC faz revisões nas projeções trimestralmente.

A estimativa para o saldo positivo da balança comercial (exportações e importações), neste ano, permaneceu em US$ 3 bilhões.

Já a previsão para o déficit na conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) foi reduzida de US$ 46 bilhões para US$ 44,2 bilhões.

Para a conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) foi revisada a estimativa de saldo negativo de US$ 43,3 bilhões para US$ 41,6 bilhões.

A projeção para a conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) caiu de US$ 2,3 bilhões para US$ 1,8 bilhão.

De janeiro a maio, o déficit em transações correntes ficou em US$ 35,828 bilhões, contra US$ 44,947 bilhões, em igual período de 2014.

Quando o país tem déficit em conta-corrente, ou seja, gasta além da renda do país, é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior.

]O investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo.

Neste ano, o BC espera que esse investimento financie quase todo o saldo negativo. A projeção para 2015 é que esses investimentos cheguem a US$ 80 bilhões, a mesma estimativa divulgada em março.

Em relação ao PIB, o IDP deve ficar em 4,12%, contra 4,21% previstos anteriormente pelo BC. Nos cinco meses deste ano, o IED chegou a US$ 25,520 bilhões.

A previsão do BC para o investimento em ações negociadas no Brasil e no exterior é US$ 15 bilhões, contra US$ 13 bilhões, previstos anteriormente. Para o investimento em títulos negociados no país, a estimativa é US$ 26,5 bilhões, a mesma projeção anterior.

Acompanhe tudo sobre:Banco Centraleconomia-brasileiraMercado financeiro

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta