Trabalhadores reparam torre de eletricidade: o governo anunciou que deve assegurar a redução média de 20% nas tarifas de energia em 2013 (REUTERS/Stringer/Files)
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 17h45.
Brasília – O Banco Central (BC) projeta estabilidade no preço da gasolina, reajuste de 4,5% para o botijão de gás e de 1,7% na eletricidade, este ano. Para as tarifas de telefonia fixa, a estimativa é de queda de 1,6%, em 2012.
Em 2013, o BC espera por recuo de 14,6% nas tarifas de eletricidade, de acordo com estimativas do Relatório de Inflação, divulgado hoje (20). O BC esclarece que essa projeção considera “apenas os impactos diretos das reduções de encargos setoriais” anunciadas pelo governo.
Ontem (19), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o Tesouro Nacional gastará de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões adicionais para assegurar a redução média de 20% nas tarifas de energia em 2013. Esse será o valor que o governo terá de desembolsar para compensar o fato de quatro empresas estaduais não terem aceitado a renovação automática da concessão em troca da redução do valor cobrado dos consumidores a partir de fevereiro. Segundo Mantega, a equipe econômica ainda não definiu a fonte de recursos que custeará a redução média de 20% na conta de luz.
O BC manteve a estimativa de que não haverá reajuste no preço da gasolina, do botijão de gás e das tarifas de telefonia fixa, em 2013. O BC considerou informações disponíveis até o dia 7 deste mês para fazer o relatório. Ontem, entretanto, Mantega indicou que a Petrobras “certamente” irá fazer um reajuste no preço da gasolina em 2013, com impacto na bomba. Segundo ele, não se trata de uma medida excepcional, já que houve um reajuste este ano no preço dos combustíveis.
Apesar do reajuste em 2012, o governo “zerou” a Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), um tributo cobrado sobre o preço do produto.
A projeção do BC para a variação do conjunto dos preços administrados por contrato e monitorados é 3,5%, em 2012 e 2,4%, no próximo ano, contra 3,6% e 2,4%, respectivamente, considerados em setembro. Em 2014, a projeção é 4,5%, o mesmo valor considerado no relatório anterior.