Economia

BC prevê para 2016 dívida bruta recorde

Além disso, a instituição prevê agora a pior relação da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) ante o PIB desde agosto de 2008


	Sede do Banco Central em Brasília: além disso, a instituição prevê agora a pior relação da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) ante o PIB desde agosto de 2008,
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Sede do Banco Central em Brasília: além disso, a instituição prevê agora a pior relação da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) ante o PIB desde agosto de 2008, (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2016 às 16h55.

Brasília - A já recorde relação da dívida bruta em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) vai se deteriorar ainda mais até o final do ano, pela nova perspectiva do Banco Central para o indicador.

Além disso, a instituição prevê agora a pior relação da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) ante o PIB desde agosto de 2008, no auge da crise financeira internacional.

Em dezembro do ano passado, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, previa, com base nos parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que a relação DLSP/PIB chegaria a 38,6% no fim deste ano.

Esta agora já é a previsão para este mês (dado que será conhecido no fim de abril). Usando as estimativas do mercado financeiro como referência, o resultado apontado era um pouco pior no fim do ano passado para o fim de 2016, de 39,4%.

Hoje, com a atualização das planilhas do BC, a nova perspectiva é de um rombo fiscal de 39,9% pelos parâmetros do governo e de 41,6% pelo cenário de mercado em dezembro de 2016 - em agosto de 2008, estava em 42,0%, a maior relação até agora.

Referência para as agências internacionais de classificação de risco, o caso da dívida bruta é ainda mais gritante e já se encontra em patamares inéditos atualmente.

No ano passado, Maciel projetava para o fim deste ano uma taxa de 70,7% pelo cenário da LDO e de 71,5% pelo de mercado. Em fevereiro, o resultado ficou em 67,6%. Os cálculos do BC apontam agora para uma taxa de 71,6% pelo cenário de governo e de 73,2%, pelo de mercado.

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