Economia

BC pretende agilizar a entrada de bancos estrangeiros no país

Para Ilan Goldfajn, a saída de bancos estrangeiros do mercado nacional nos últimos anos tem mais a ver com estratégias globais dessas instituições

Ilan Goldfajn: em aula inaugural do curso de graduação em economia da FGV, o presidente do BC foi questionado sobre a importância de haver uma reforma bancária para atrair instituições financeiras (Marcelo Camargo/Reuters)

Ilan Goldfajn: em aula inaugural do curso de graduação em economia da FGV, o presidente do BC foi questionado sobre a importância de haver uma reforma bancária para atrair instituições financeiras (Marcelo Camargo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de março de 2017 às 18h22.

Última atualização em 24 de março de 2017 às 18h23.

Rio - Qualquer banco estrangeiro é bem-vindo no Brasil, afirmou nesta sexta-feira, 24, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn.

Em aula inaugural do curso de graduação em economia da Escola Brasileira de Economia e Finanças (EPGE) da Fundação Getulio Vargas (FGV), o presidente do BC foi questionado sobre a importância de haver uma reforma bancária para atrair instituições financeiras para o País.

Para Goldfajn, a saída de bancos estrangeiros do mercado nacional nos últimos anos tem mais a ver com estratégias globais dessas instituições.

Ainda assim, o presidente do BC afirmou que há a intenção de mudar algumas regras, como a exigência de autorização presidencial, por meio de decreto, para um banco do exterior atuar no Brasil.

"Temos uma regulamentação que pede um decreto presidencial autorizando a entrada, mas pretendemos mudar para tornar a entrada mais rápida", disse Goldfajn, minimizando, em seguida, esse entrave.

Para ele, a redução no risco macroeconômico do País é mais relevante para atrair investimentos estrangeiros.

Em outra parte da aula, ao tratar dos fatores que elevam o juro bancário ao tomador final, Goldfajn mencionou a importância de melhorar o sistema para perdas de crédito.

"Temos problema de informação, de recuperação de crédito, de garantias", listou o presidente do BC.

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