Economia

BC pode intensificar uso da Selic para combater inflação

Afirmação é do diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo


	Araújo: "Gostaria de registrar que cresce em mim a convicção de que o Copom poderá ser instado a refletir sobre a possibilidade de intensificar o uso do instrumento de política monetária, da taxa Selic."
 (Divulgação/Banco Central)

Araújo: "Gostaria de registrar que cresce em mim a convicção de que o Copom poderá ser instado a refletir sobre a possibilidade de intensificar o uso do instrumento de política monetária, da taxa Selic." (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2013 às 16h35.

São Paulo - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, afirmou nesta quinta-feira que o Comitê de Política Monetária (Copom) pode intensificar o uso da Selic para combater a inflação.

"Gostaria de registrar que cresce em mim a convicção de que o Copom poderá ser instado a refletir sobre a possibilidade de intensificar o uso do instrumento de política monetária, da taxa Selic", afirmou o diretor do BC, em evento do Itaú BBA.

Logo após suas afirmações, o mercado futuro de juros começou a mostrar leve alta nos contratos de DI, revertendo o movimento visto nos papéis de curto prazo.

Carlos Hamilton argumentou que a inflação não está fora de controle. Mas ressaltou que ainda existem riscos no cenário prospectivo, como o crescimento das expectativas de inflação no mercado e também, "numa dimensão mais abrangente", dos consumidores e investidores.

Por outro lado, o diretor apontou fontes de riscos favoráveis à inflação, como taxa de câmbio "com certa estabilidade" e indicativo de safra recorde de grãos.

Pela manhã, foi divulgada a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), com a sinalização de que a política monetária será usada para atacar o cenário de inflação, "notadamente" em 2014. O mercado e economistas entenderam que a política monetária seria conduzida de maneira comedida.

Na semana passada, o Copom deu início a mais um ciclo de aperto monetário, ao elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, a 7,50 % ao ano, mas deixou claro que vai conduzir o processo com "cautela", termo que repetiu na ata desta quinta-feira.

A decisão de elevar o juro, no entanto, não foi unânime, com dois dos oito membros optando pela manutenção da taxa básica na mínima histórica de 7,25 %.

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