Haruhiko Kuroda: presidente disse estar ciente dos desafios que enfrenta, mas destacou que o banco central fará "o que for preciso" para alcançar essa meta (Kiyoshi Ota/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2013 às 11h14.
Tóquio - O presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda, reiterou nesta terça-feira sua visão de que o governo tem que prosseguir com um aumento planejado no imposto sobre vendas do país para reparar suas finanças.
"A economia pode ver algumas flutuações... Mas eu não acho que o aumento do imposto sobre vendas levará a uma queda na economia ou prejudicará o cumprimento da meta de 2 por cento de inflação (do BC japonês)", disse Kuroda em programa de televisão.
Kuroda disse estar ciente dos desafios que enfrenta ao tentar tirar o Japão de 15 anos de deflação, mas destacou que o banco central fará "o que for preciso" para alcançar essa meta.
Ele também disse estar convencido de que a economia do Japão irá se recuperar, afirmando que as melhoras na economia estão avançando e que devem se ampliar.
"O ciclo positivo de produção, renda e gastos já está começando", disse ele.
As declarações de Kuroda vêm em meio a uma intensificação do debate político sobre se o Japão deve prosseguir com um aumento planejado em duas etapas do imposto sobre vendas a partir do próximo ano, ou optar por um aumento mais moderado para aliviar o fardo sobre a economia que ainda está só saindo da estagnação.
O crescimento econômico do Japão desacelerou mais que o esperado no segundo trimestre, mostraram dados divulgados na semana passada, oferecendo munição àqueles que buscam amenizar o aumento de imposto.
"O Japão pode atingir tanto o crescimento econômico quanto o aumento de imposto sobre vendas... ou melhor, recuperar a saúde fiscal. Isso tem que ser feito", disse Kuroda. "O adiamento (dos esforços para a reforma fiscal) causarão problemas no futuro".