Economia

BC interrompe compra diária de dólares no mercado à vista

A suspensão ocorre em um período de forte valorização da moeda norte-americana

Enquanto o dólar se recupera, o mercado de ações também esboça reação com base no documento conjunto dos governos da Alemanha e da França (Divulgação/Banco Central)

Enquanto o dólar se recupera, o mercado de ações também esboça reação com base no documento conjunto dos governos da Alemanha e da França (Divulgação/Banco Central)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2011 às 20h52.

Brasília – Pela primeira vez no ano, o Banco Central (BC) não foi hoje (14) ao mercado de câmbio comprar a moeda norte-americana, como tem feito em todos os dias úteis, às vezes com duas e até três intervenções, nos mercados à vista e a termo (de operações futuras), com o objetivo de reduzir a oferta de dólares e conter a valorização do real.

A suspensão, hoje, da compra de dólares foi confirmada pelo Departamento de Operações das Reservas Internacionais (Depin) e ocorre em um período de forte valorização da moeda norte-americana, que completou dez pregões seguidos em alta nesta quarta-feira e soma ganhos acumulados de 8,45% no mês. A valorização de 0,58% no dia elevou a cotação do dólar para R$ 1,722 na compra e de R$ 1,724 na venda, retornando a valores de novembro do ano passado.

Enquanto o dólar se recupera, o mercado de ações também esboça reação com base no documento conjunto dos governos da Alemanha e da França que manifesta credibilidade nas negociações que a Grécia vem fazendo para evitar que o temido calote (não pagamento da dívida) se concretize.

A confiança demonstrada pelos dois maiores credores da Grécia fez com que as bolsas da Europa operassem em alta hoje (Alemanha +3,36%, França +1,87%, Grécia +1,72%, Inglaterra +1,02%, Itália +2,69% e Portugal +1,39%). O otimismo europeu também favoreceu a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que terminou o dia com o seu principal índice, o Ibovespa, com ganhos de 1,27%, aos 56.286 pontos.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioDólarMercado financeiroMoedas

Mais de Economia

Um marciano perguntaria por que está se falando em crise, diz Joaquim Levy sobre quadro fiscal

Campos Neto: Piora nas previsões de inflação não é culpa de 'malvados da Faria Lima'

Salário mínimo pode ir a R$ 1.521 em 2025 com nova previsão de inflação

BNDES e banco da Ásia assinam memorando para destinar R$ 16,7 bi a investimentos no Brasil