Fachada do Banco da Inglaterra, em Londres: inflação britânica ficou em 2,7 por cento em novembro, a maior desde maio (Ben Stansall/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2012 às 09h36.
Londres - A economia britânica deve continuar estável no curto prazo, mas a inflação deve, provavelmente, ultrapassar 2 por cento no ano que vem ou por volta disso, mostrou nesta quarta-feira a ata da reunião de 5 e 6 de dezembro do Banco da Inglaterra, banco central britânico.
A decisão do Comitê de Política Monetária este mês de manter sua principal taxa de juros na mínima recorde de 0,5 por cento e suas compras de títulos em 375 bilhões de libras era amplamente esperada.
David Miles continuou a ser o único membro do Comitê a apoiar outra expansão do programa de compra de ativos do banco central, argumentando que havia fraqueza suficiente na economia para permitir um impulso à produção sem inflação extra.
"A maioria dos membros concordou que o progresso no mês fez pouco para alterar o equilíbrio dos argumentos entre manter e aumentar o tamanho do estímulo monetário", mostrou a ata.
Em novembro, o BC inglês concordou em devolver ao Ministério das Finanças pagamentos de cupons sobre os gilts (títulos do governo) que comprou até agora, dizendo que a transferência será equivalente a mais de 35 bilhões de libras em afrouxamento monetário.
A inflação britânica ficou em 2,7 por cento em novembro, a maior desde maio, ante expectativa de queda, mostraram dados oficiais na terça-feira.
O BC afirmou nesta quarta-feira que a inflação deve continuar acima da meta de 2 por cento no ano que vem ou por volta disso, apesar de os preços de alimentos poderem subir devido ao clima desfavorável, o que pode prejudicar o plantio.
A produção econômica deve ficar estável no curto prazo, mas provavelmente haverá uma contração no quarto trimestre.