Economia

BC está vigilante para que inflação convirja para a meta

A meta de inflação é 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos


	O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: de acordo com Tombini, o custo do dinheiro está mais baixo e isso se reflete na política de juros
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: de acordo com Tombini, o custo do dinheiro está mais baixo e isso se reflete na política de juros (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2012 às 11h59.

Brasília – O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, destacou hoje (22) a inflação está em trajetória de convergência para a meta, embora sujeita a reversões. A meta de inflação é 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. “O Banco Central está vigilante para que a inflação permaneça sob controle, convergindo para o centro da meta”, disse ele, em audiência pública na Câmara dos Deputados.

Tombini destacou que os preços agrícolas no atacado estão em queda e a transmissão para o consumidor será ainda neste trimestre. Segundo ele, há ainda expectativa de menor crescimento dos preços administrados em 2013 e expansão mais moderada dos salários.

Por outro lado, o setor de serviços continua com alta dos preços acima da inflação geral. Segundo o presidente do BC, a inclusão econômica e social que ocorre no país gerou maior demanda por bens e serviços, o que eleva os preços do setor.

Tombini também comentou a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em que cinco diretores votaram pela redução da taxa básica de juros, a Selic, para 7,25% ao ano, e três optaram pela manutenção em 7,5% ao ano. O BC usa a Selic como instrumento para influenciar a economia e calibrar a inflação.

Segundo ele, apesar de a decisão não ter sido unânime, houve a concordância de que é preciso manter as “condições monetárias [taxa Selic] estáveis por período suficientemente longo”.

De acordo com Tombini, o custo do dinheiro está mais baixo e isso se reflete na política de juros. “Estamos em outro intervalo, mais próximo do que ocorre no resto do mundo”, disse. Ele acrescentou que, quando for preciso, o Copom fará ajuste na Selic “para cima ou pra baixo”.

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