Economia

BC está atento a impacto fiscal na inflação corrente e nas expectativas, afirma Galípolo

Segundo diretor do BC, não há consenso sobre o impacto que medidas de tributação terão sobre a inflação

Galípolo, diretor do Banco Central (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Galípolo, diretor do Banco Central (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 30 de novembro de 2023 às 17h14.

Última atualização em 30 de novembro de 2023 às 17h22.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira, 30, que a autoridade monetária continua atenta ao impacto da política fiscal sobre a inflação corrente e as expectativas do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Ele lembrou que a política fiscal foi retirada do balanço de riscos do Comitê de Política Monetária (Copom) uma vez que o novo arcabouço foi aprovado no Senado, mas que o BC segue atento ao tema e tem dado destaque a ele nas comunicações.

Galípolo disse ainda que não há consenso sobre o impacto que medidas de tributação terão sobre a inflação.

Felicidade de prescrever receituário com resultado

O diretor de Política Monetária do Banco Central afirmou ainda que a força do mercado de trabalho brasileiro e a resistência da economia são uma surpresa positiva, porque mostram que a autoridade monetária tem conseguido debelar a inflação sem impactos sérios sobre a atividade.

"Isso ajuda, porque é a ideia que você está receitando um remédio para um paciente, com efeitos colaterais que não estão sendo sentidos de maneira mais dramática", disse Galípolo, em um evento organizado pelo banco JPMorgan, em São Paulo.

Ele reforçou que o BC continua comprometido com o cumprimento da meta de inflação e vai continuar perseguindo esse alvo.

Disse também que "prescrever o remédio por tempo mais longo" - isto é, manter os juros altos por mais tempo - tem sido uma prática de diversos bancos centrais.

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