Banco Central: queda da inflação deve puxar inadimplência para baixo (Divulgação/Banco Central)
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2011 às 13h37.
Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, espera por redução na taxa de inadimplência ao longo do segundo semestre. De abril para maio, a taxa de inadimplência para as pessoas jurídicas (empresas) subiu 0,2 ponto percentual, para 3,9%. No caso das famílias (pessoas físicas), a alta foi 0,3 ponto percentual, para 6,4%. Na média de empresas e famílias, a taxa cresceu 5,1%. O BC considera inadimplência os atrasos superiores a 90 dias.
“A perspectiva é que haja acomodação e reversão da inadimplência na medida em que a inflação mostre taxas menores e haja continuidade do crescimento do emprego e da renda”, disse Maciel.
Segundo ele, as taxas de juros mais altas e o aumento da inflação comprometem a renda das famílias, o que leva à inflação. Tulio Maciel lembrou que, com o crescimento do emprego e da renda, as pessoas passam a pagar suas dívidas.
De acordo com os dados do BC, a taxa média de juros (empresas e famílias) subiu 0,1 ponto percentual, para 40% ao ano, a maior desde fevereiro de 2009. Para Maciel, o aumento da taxa média “é um movimento normal dado o ciclo monetário [aumento da taxa Selic] que estamos passado”.
No caso das famílias, a taxa ficou estável em 46,8% ao ano, a mais alta desde maio de 2009 (47,3% ao ano). Para as empresas (pessoas jurídicas), a taxa média ficou em 31,1% ao ano, uma alta de 0,1 ponto percentual, de abril para maio.