Economia

BC eleva compulsório e reduz exigência em crédito rural

Brasília - O Banco Central informou hoje a elevação do recolhimento compulsório sobre depósitos à vista combinada com a redução da exigência de aplicação de recursos no crédito rural. De acordo com nota à imprensa divulgada pela autoridade monetária, a alíquota de recolhimento compulsório sobre depósitos à vista (conta corrente), atualmente em 42%, passará em […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Brasília - O Banco Central informou hoje a elevação do recolhimento compulsório sobre depósitos à vista combinada com a redução da exigência de aplicação de recursos no crédito rural. De acordo com nota à imprensa divulgada pela autoridade monetária, a alíquota de recolhimento compulsório sobre depósitos à vista (conta corrente), atualmente em 42%, passará em julho deste ano para 43%, subindo para 44% em julho de 2012 e para 45% em julho de 2014.

"O primeiro ajuste resultará em acréscimo no valor recolhido de R$ 1,6 bilhão. O impacto financeiro da alteração ocorrerá no dia 7 de julho", diz o BC na nota. No total, considerando a manutenção do atual nível de depósitos à vista, o ajuste levaria a um recolhimento adicional de R$ 4,7 bilhões, segundo o BC.

Ao mesmo tempo em que vai elevar o compulsório sobre os depósitos à vista, o BC está reduzindo a exigência dos bancos aplicarem recursos de depósitos à vista em crédito rural, atualmente em 30%. Nesse caso, o cronograma prevê que no mês que vem a exigência caia para 29%, recuando um ponto porcentual a cada ano até atingir, em julho de 2014, 25% dos depósitos à vista.

O cronograma de redução do direcionamento para o crédito rural já existia desde março do ano passado, quando o BC elevou essa exigência para 30% para garantir recursos financeiros para o setor rural que também estava sendo afetado pela crise internacional.

A elevação do compulsório anunciada hoje busca adequar a situação de liquidez da economia à implementação desse cronograma de redução da exigibilidade de direcionamento para o crédito rural. Sem isso, o menor direcionamento para o crédito rural aumentaria a disponibilidade de recursos para os bancos emprestarem para outros segmentos ou aplicarem em títulos públicos, em um contexto em que o BC está subindo os juros para conter a atividade econômica.
 

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