Economia

BC do Japão mantém política monetária

O presidente do BC, Haruhiko Kuroda, continua otimista quanto ao fato de que a impressão de dinheiro vai tirar a terceira maior economia do mundo da deflação


	Haruhiko Kuroda: "a tendência de altas aos consumidores está aumentando de forma regular"
 (Yuya Shino/Reuters)

Haruhiko Kuroda: "a tendência de altas aos consumidores está aumentando de forma regular" (Yuya Shino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2015 às 09h20.

Tóquio - O banco central do Japão decidiu não ampliar o estímulo nesta quarta-feira, mesmo com a queda das exportações e dos preços do petróleo ameaçando sua projeção de que a economia está no caminho para atingir a meta de 2 por cento de inflação no próximo ano.

Mas os persistentes temores de recessão significam que economistas ainda esperam que o banco central afrouxe a política em uma reunião mais crucial em 30 de outubro, quando deve cortar suas estimativas de longo prazo para a economia e preços.

O presidente do BC, Haruhiko Kuroda, continuou otimista em relação ao fato de que a impressão de dinheiro pelo banco vai eventualmente tirar a terceira maior economia do mundo de forma decisiva de quase duas décadas de deflação, mas alguns economistas não se mostraram convencidos.

"A tendência de altas aos consumidores está aumentando de forma regular", disse ele em entrevista à imprensa após o banco central reiterar sua promessa de elevar a base monetária, ou dinheiro e depósitos no banco central, a um ritmo anual de 80 trilhões de ienes (665 bilhões de dólares) através de compras de títulos do governo e ativos de risco.

"Não há absolutamente nenhuma mudança na nossa postura de que vamos implementar de forma regular o afrouxamento quantitativo e qualitativo para alcançar inflação de 2 por cento o mais cedo possível."

Kuroda afirmou esperar atingir a meta de inflação em cerca de seis meses a partir de abril, mas isso vai pode depender dos preços do petróleo, que caíram com força desde meados de 2014.

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