Economia

BC do Japão expressa confiança em atingir meta de inflação

Presidente do BC, Haruhiko Kuroda admitiu que as expectativas de inflação não estavam bem ancoradas no Japão

Haruhiko Kuroda: "é um desafio para os bancos centrais alcançar suas metas de estabilidade de preços de maneira oportuna" (Issei Kato/Reuters)

Haruhiko Kuroda: "é um desafio para os bancos centrais alcançar suas metas de estabilidade de preços de maneira oportuna" (Issei Kato/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de maio de 2017 às 10h14.

Yokohama - O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, expressou confiança nesta sexta-feira de que a inflação do país vai acelerar em direção à meta de 2 por cento, já que o crescimento econômico robusto eleva os salários e ajuda a aumentar as expectativas de inflação.

Kuroda admitiu que as expectativas de inflação não estavam bem ancoradas no Japão, sendo desafiador convencer as famílias e as empresas de que uma recuperação econômica sustentada acabará levando a inflação e salários maiores.

Mas disse que quando a inflação começar a acelerar significativamente, isso vai mudar a percepção sobre os futuros aumentos dos preços e permitir que o Banco do Japão atinja sua meta.

"Como a economia do Japão está crescendo e continuará a crescer bem acima do seu potencial, o déficit de produção continuará a melhorar nos próximos meses e anos. Isso fortalecerá a pressão sobre os salários e os preços", disse Kuroda em entrevista coletiva.

"É um desafio para os bancos centrais alcançar suas metas de estabilidade de preços de maneira oportuna, mas isso não significa que mudaremos nossa meta de 2 por cento", acrescentou.

Em uma entrevista à CNBC, Kuroda disse que o banco centralmanterá sua meta de taxa de juros de longo prazo por enquanto para assegurar que a economia saia da deflação de forma sustentável.

"A mentalidade (do público japonês) ainda é de bastante cautela quanto às expectativas de inflação, mas estou certo de que isso mudará com a contínua política monetária expansionista sustentada pela política fiscal", disse Kuroda na entrevista.

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