Banco central não expandiu seu forte programa de estímulo e manteve a promessa de elevar a base monetária em um ritmo anual de 80 trilhões de ienes (678 bilhões de dólares) (Creative Commons)
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 08h16.
Tóquio - O banco central do Japão reduziu a previsão de inflação para o próximo ano fiscal nesta quarta-feira e ampliou um esquema de empréstimo, em uma ação contra as críticas de que não está agindo conforme a queda dos preços do petróleo mantém a inflação aquém de sua meta.
Como esperado, o banco central não expandiu seu forte programa de estímulo e manteve a promessa de elevar a base monetária em um ritmo anual de 80 trilhões de ienes (678 bilhões de dólares) através da compra de títulos do governo e ativos de risco.
Em uma revisão de suas estimativas de longo prazo, o banco central reduziu a projeção do núcleo da inflação ao consumidor para o ano que começa em abril a 1,0 por cento, contra 1,7 por cento projetado há três meses.
Mas elevou ligeiramente a perspectiva de inflação para o ano fiscal de 2016 a 2,2 por cento, sobre 2,1 por cento, um sinal de que as autoridades mantêm a visão de que o Japão irá atingir a meta de inflação de 2 por cento.
"A inflação ao consumidor vai desacelerar por enquanto devido à queda dos preços do petróleo", disse o presidente do BC, Haruhiko Kuroda, após a decisão.
"Assumindo que os preços do petróleo vão se estabilizar nos atuais níveis e subir moderadamente à frente, o efeito do declínio dos preços do petróleo vai diminuir. Se for assim, esperamos que a inflação ao consumidor alcance 2 por cento em um período centrado no ano fiscal de 2015." O BC japonês também prorrogou por um ano dois esquemas de empréstimo com o objetivo de encorajar os bancos a emprestar mais, ampliando um deles em 3 trilhões de ienes.